Os miseráveis no país somam 33% da população e têm renda mensal abaixo de R$ 79,00. A erradicação da pobreza seria possível com a contribuição mensal de R$ 14,00 de cada brasileiro que está acima da linha de pobreza, o que daria um montante de R$ 2 bilhões por mês para investimentos em programas sociais. O cálculo consta do Mapa do Fim da Fome II, divulgado nesta quinta-feira pela Fundação Getúlio Vargas, Sesc Rio e pela Organização Não-governamental Ação da Cidadania.
O estudo localiza a miséria em cada unidade da federação. Detalha as condições sócio-econômicas e mostra que a pobreza agora se espalhou pelas grandes cidades, enquanto na década passada estava concentrada nas periferias.
"As grandes cidades foram atingidas pela crise social dos anos 90 e agora faltam políticas públicas integradas para resolver os dois principais problemas, que são a violência e o desemprego", avalia o economista Marcelo Nery, coordenador da pesquisa.
A pesquisa destaca que a Rocinha, maior favela da América Latina e palco da guerra de traficantes de drogas nos últimos 10 dias, tem o nível de escolaridade mais baixo do Rio e a quarta menor renda da cidade.
Agência Brasil