Pela trigésima vez consecutiva, a estimativa da inflação oficial no país foi de alta, alcançando 9,17% para este ano e 4,55% para 2022. A projeção é do boletim Focus, do BC (Banco Central), divulgado nesta segunda-feira (1º).
O documento reúne previsões de mais de 100 instituições do mercado financeiro para os principais indicadores econômicos. As informações são da Agência Brasil.
Nem a alta dos juros foi suficiente para segurar a estimativa do mercado financeiro para o IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo) e, pela primeira vez, o patamar é superior a 9%. Na semana passada, a previsão estava em 8,96%.
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O IPCA não deveria ser maior que 5,25% em 2021, segundo a meta de inflação fixada pelo CMN (Conselho Monetário Nacional). O centro da meta é de 3,75%, mas a margem de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo permite que o índice varie de 2,25% a 5,25%.
No caso da taxa básica de juros, a Selic, principal ferramenta de controle da inflação, a projeção dos economistas é que chegue a 9,25% ao ano em 2021. Para 2022, pela primeira vez, a expectativa é de que a taxa, que atualmente está em 7,75% ao ano, fique acima de dois dígitos e alcance a marca de 10,25%.
Os analistas reduziram a expectativa sobre o PIB (Produto Interno Bruto), que em 2021 deverá ser de 4,94% ao ano. A previsão é menor do que na semana passada, de 4,97%, e menor que há um mês, quando o crescimento previsto era de 5,04%. Para 2022, a projeção para o PIB também diminuiu.
Os especialistas que participam da pesquisa semanal do Banco Central indicaram um crescimento do PIB de 1,20%. Para 2023, a previsão se manteve estável, com crescimento de 2,00%.