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Economia

Mercado financeiro eleva projeção da inflação para 6,11%

Andreia Verdélio/Agência Brasil
12 jul 2021 às 10:31

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- Marcello Casal Jr./Agência Brasil
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A previsão do mercado financeiro para o IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) - a inflação oficial do Brasil -de 2021 subiu de 6,07% para 6,11%. A estimativa está no boletim Focus desta segunda-feira (12), pesquisa divulgada semanalmente, em Brasília, pelo Banco Central, com a projeção para os principais indicadores econômicos.


Para 2022, a estimativa de inflação é de 3,75%. Para 2023 e 2024 as previsões são de 3,25% e 3,16%, respectivamente.

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O cálculo para 2021 está acima da meta de inflação que deve ser perseguida pelo BC. A meta, definida pelo Conselho Monetário Nacional, é de 3,75% para este ano, com intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo. Ou seja, o limite inferior é de 2,25% e o superior de 5,25%.

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Em junho, a inflação desacelerou para 0,53%, depois de chegar a 0,83% em maio. Com o resultado, o IPCA acumula alta de 3,77% no ano e 8,35% nos últimos 12 meses.

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Taxa de juros


Para alcançar a meta de inflação, o Banco Central usa como principal instrumento a taxa básica de juros, a Selic, estabelecida atualmente em 4,25% ao ano pelo Copom (Comitê de Política Monetária).

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Para o mercado financeiro, a expectativa é que a Selic encerre 2021 em 6,63% ao ano. Para o fim de 2022, a estimativa é que a taxa básica suba para 7% ao ano. E tanto para 2023 como para 2024, a previsão é 6,50% ao ano.


Quando o Copom aumenta a taxa básica de juros, a finalidade é conter a demanda aquecida, e isso causa reflexos nos preços porque os juros mais altos encarecem o crédito e estimulam a poupança. Desse modo, taxas mais altas podem dificultar a recuperação da economia.

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Além disso, os bancos consideram outros fatores na hora de definir os juros cobrados dos consumidores, como risco de inadimplência, lucro e despesas administrativas.


Quando o Copom reduz a Selic, a tendência é que o crédito fique mais barato, com incentivo à produção e ao consumo, reduzindo o controle da inflação e estimulando a atividade econômica.

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PIB e câmbio


As instituições financeiras consultadas pelo BC aumentaram a projeção para o crescimento da economia brasileira em 2021 de 5,18% para 5,26%. Para 2022, a expectativa para PIB (Produto Interno Bruto) - a soma de todos os bens e serviços produzidos no país - é de crescimento de 2,09%. Em 2023 e 2024, o mercado financeiro projeta expansão do PIB em 2,50%.

A expectativa para a cotação do dólar variou de R$ 5,04 para R$ 5,05 ao final de 2021. Para o fim de 2022, a previsão é que a moeda americana fique em R$ 5,20.


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