Economia

Londrina: Balança comercial caminha rumo ao primeiro superávit em 5 anos

22 out 2023 às 12:49

Pela primeira vez, nos últimos cinco anos, a balança comercial em Londrina dá sinais de que irá chegar ao final de dezembro com saldo positivo. Em 2023, até agora, as exportações superam as importações e a balança acumula superávit de mais de US$ 300 milhões. O resultado registrado nos nove primeiros meses é reflexo de um volume crescente nas vendas ao mercado externo, observado mês a mês, a partir de janeiro. Desde 2017 as exportações no município não ficavam acima das importações. Na comparação com o mesmo período do ano passado, as vendas locais ao mercado externo cresceram 203,3% enquanto as importações caíram 45,6%.


Um dos principais motivos para a melhora nos números do comércio exterior londrinense é a retomada das importações na China após a crise sanitária de Covid-19. Mas os setores comercial, industrial e do agronegócio locais estão atentos aos riscos geopolíticos, especialmente aos conflitos no Leste Europeu e no Oriente Médio e suas consequências no mercado global.


De janeiro a setembro de 2023, o dados da Comex Stat, do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio, apontam que a balança comercial de Londrina registra um superávit de US$ 300,02 milhões. Entre os principais produtos comercializados, a soja lidera o ranking com folga, com US$ 408.231.842 negociados em nove meses, o que representa 51% do total das exportações locais. Em seguida, estão o milho, com 15%, somando US$ 96.587.384, e extratos, essências e concentrados de café, chá ou de mate, com US$ 57.105.081, o que corresponde a uma fatia de 14%.


Os maiores compradores da soja e do milho foram os países asiáticos, exceto os do Oriente Médio, e os derivados de café, chá e mate tiveram como principal destino a Europa. De tudo o que foi exportado neste ano em Londrina, 55% tiveram como destino a China, cujas negociações com as empresas londrinenses somaram US$ 452 milhões. Em segundo lugar no ranking das exportações, estão os Estados Unidos, com uma participação de 3,7%, totalizando US$ 30,7 milhões, seguidos pela Argélia, com US$ 27,9 milhões e 3,4%, Malásia, com US$ 27,8 milhões e 3,4% e Japão, com US$ 20,2 milhões, o que corresponde a uma parcela de 2,4%.


“No ano passado, a China ainda estava sob os efeitos da política de Covid Zero. Assim, as medidas de isolamento decretadas pela China em reação à pandemia dificultavam a retomada da economia doméstica, explicando, em parte, a redução das exportações à China, uma vez que a soja e o milho estão ligados ao consumo das famílias”, analisou o professor do curso de economia da Faculdade Anhanguera, Élcio Cordeiro da Silva.


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