Economia

Itaipu eleva geração para atender Sudeste

04 out 2001 às 10:29
A Itaipu Binacional está gerando 600 megawatts (mw) a mais para garantir o abastecimento da região Sudeste do País depois que quatro torres da Copel e Eletrosul foram destruídas durante um vendaval (veja reportagem nesta página). A energia produzida é suficiente para manter uma cidade com 1,2 milhão de habitantes.
Apesar de estar prevista em contrato, a cota de energia que deveria ficar no Sul não está sendo direcionada para a região porque há excesso de produção, principalmente nas outras quatro usinas do Rio Iguaçu (Itaipu fica no Rio Paraná). O apoio às duas empresas de transmissão e distribuição de energia começou ontem, com o funcionamento da 17ª turbina (apenas o gerador reserva permanece parado). Mesmo tendo aumentado a produção de energia em comparação às últimas semanas, a hidrelétrica não está funcionando com capacidade máxima (12,6 mil mw). Segundo informações da Assessoria de Comunicação, a usina mantinha ontem uma produção média de 9,5 mil mw, na tentativa de manter o reservatório no nível atual.
O rebaixamento do lago (caso seja necessário) foi autorizado pelo governo federal na última segunda-feira, mas as chuvas ocorridas nos últimos dias estão mantendo a marca do lago em 218 metros acima do nível do mar. Técnicos esperam que este índice suba para 219,2 metros até domingo.
A maior usina hidrelétrica do mundo é responsável por 25% da energia consumida no Brasil e 75% do que é usado no Paraguai. Até 2004, a Itaipu estará gerando 14 mil megawatts, graças à instalação de mais duas turbinas. Consórcio Ceitaipu, grupo de empresas que havia vencido a primeira licitação para implantar os atuais 18 geradores, também está realizando as obras estimadas em R$ 150 milhões.
Desde que começou a gerar energia elétrica em 5 de maio de 1984, a produção acumulada da Hidrelétrica de Itaipu já ultrapassou 1 bilhão de megawatts/hora (MWh), energia suficiente para manter o planeta iluminado por 30 dias, garantir 100% do consumo brasileiro por quase três anos ou ainda suprir Foz do Iguaçu por 2,8 mil anos.

Continue lendo