Depois de nove meses no positivo, a prévia da inflação teve deflação de 0,07% em julho de 2023. Houve registro de queda de 0,11 ponto percentual em relação ao mês anterior (0,04%). O principal impacto foi resultado da retração nos preços da energia elétrica residencial (-3,45%), com a incorporação do bônus de Itaipu, creditado nas faturas deste mês.
Os dados são do IPCA-15 (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15), divulgado nesta terça-feira (25) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
No ano, alta está acumulada de 3,09% e, em 12 meses, de 3,19%.
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Além da energia elétrica residencial, a queda nos preços do botijão de gás (-2,10%) influenciou a retração do grupo habitação (-0,94%), um dos que mais impactam o índice geral. Já a taxa de água de esgoto (0,20%) está entre os que subiram.
“Entre os grupos analisados pela pesquisa, a outra maior influência sobre o índice geral veio de Alimentação e bebidas (-0,40%), cujo resultado é relacionado à deflação de alimentação no domicílio (-0,72%). Entre os alimentos com preços em queda, destacam-se o feijão-carioca (-10,20%), o óleo de soja (-6,14%), o leite longa vida (-2,50%) e as carnes (-2,42%). Por outro lado, a batata-inglesa (10,25%) e o alho (3,74%) ficaram mais caros neste mês”, pontua o IBGE.
Com a alta mais pronunciada do lanche (0,34% em junho para 1,02% em julho), a alimentação fora de casa (0,46%) acelerou em relação ao mês anterior (0,29%). Já a refeição (0,17%) desacelerou na mesma comparação (0,28%).
Em relação às altas, o destaque foi o grupo de transportes (0,63%). O avanço se deu pelo aumento nos preços da gasolina (2,99%), que teve o maior impacto positivo (0,14 p.p.) entre os subitens pesquisados. O gás veicular subiu (0,06%), enquanto o óleo diesel (-3,48%) e etanol (-0,70%) tiveram deflação. Com esses resultados, os combustíveis tiveram alta de 2,28% em julho.
Ainda em transportes, houve alta de 4,70% nos preços das passagens aéreas, que já haviam subido 10,70% em junho. Do lado das quedas, destacam-se o automóvel novo (-2,34%) e o automóvel usado (-1,05%), além do ônibus urbano (-0,72%).