O Governo do Paraná e a operadora de telefonia fixa Telepar Brasil Telecom firmaram um convênio para formação e reciclagem de cerca de 3,8 mil trabalhadores paranaenses. Os cursos fazem parte do plano de expansão da rede de telefonia do Estado, estabelecido pela Telepar para 2001. Essa é a primeira parceria que a Brasil Telecom firma com um governo estadual para reciclagem profissional. Os cursos serão desenvolvidos nas sedes do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai) nas cidades de Curitiba, Londrina, Maringá, Ponta Grossa e Cascavel.
A previsão é que sejam instalados 653 mil novos telefones em todo o Estado, com investimentos de R$ 813 milhões até o fim do ano. Para isso, é necessário que existam profissionais capacitados nas áreas de atendimento de call center, instalador e reparador de telecomunicações e operador de linhas de comunicação de dados. "A requalificação profissional agrega valor à empresa e é um dos fatores de crescimento da Telepar", disse o presidente da Brasil Telecom, Ruan Ramon Aviles.
Dos 3,8 mil trabalhadores a serem treinados no Paraná, cerca de 1,5 mil ocuparão novos postos de trabalho. Outros 2,3 mil já trabalham no setor e vão passar por uma reciclagem. A Telepar está prevendo contratar em 2001, para o serviço de call center (atendimento ao cliente), cerca de mil funcionários.
Outras 500 novas vagas serão abertas com a ampliação da rede telefônica. Parte dos trabalhadores qualificados será absorvida pelas empresas terceirizadas. "A preocupação da Telepar é com a qualidade no atendimento ao cliente, pois sem isso a expansão dos serviços não fica completa", disse o diretor de recursos humanos da Telepar, João Luis de Souza Carvalho.
As agências de emprego da Secretaria de Trabalho em todo o Estado vão encaminhar os interessados aos cursos. Serão incritas 2.160 pessoas em Curitiba, 335 em Ponta Grossa, 455 em Cascavel, 445 em Londrina e 405 em Maringá. O governador Jaime Lerner (PFL), que asinou o termo de parceria, lembrou que o ganho em qualidade de vida da população passa pela qualificação profissional.
Leia mais em reportagem de Emerson Cervi, na Folha do Paraná/Folha de Londrina desta quinta-feira