SÃO PAULO, 30 de maio de 2017 /PRNewswire/ -- G100 Brasil, Núcleo de Estudos do Desenvolvimento Empresarial Econômico, em reunião recente, debateu o cenário político e econômico do Brasil e perspectivas para os próximos meses.
Não é possível prever o cenário econômico de curto prazo, mas temos chance de escapar de forma diferente. Em 2015, estávamos em outro momento em relação à inflação, com preços represados, choque cambial a ser incorporado e hoje os indicadores e expectativas de inflação são favoráveis. Isso impacta na taxa de juros. Além disso, hoje, temos um déficit externo de conta corrente de 1% do PIB, que no passado foi de 4%, estando menos vulneráveis nas contas externas. O Banco Central diminuiu sua exposição cambial. Há a PEC do Teto dos Gastos e uma agenda parafiscal mais organizada, que também contribui para a organização das contas públicas.
Se formos capazes de ter uma saída para a crise política, a economia sairá dessa situação de forma relativamente tranquila. O espaço para o Banco Central cortar juros continua a existir. Todos os elementos para mitigar o efeito que a crise de confiança terá sobre a economia estão disponíveis.
A virada no cenário político é um risco a aprovação da reforma da previdência. Há quatro cenários possíveis para a economia: cenário positivo, caso haja um arranjo político no Congresso, mas as direções continuem as mesmas, sem grandes consequências para a economia; o cenário em que não se tenha o arranjo político para aprovação da reforma e a alternativa seja o aumento da carga tributária. Nos cenários negativos, em que não há a reforma nem solução tributária, ou se faz o ajuste via inflação, que chegaria a cerca de 20% ao ano, ou no pior cenário, iremos para o padrão grego ou argentino.
Com a gestão Temer aprendemos que quando não há dinheiro somos ortodoxos. Não há receita, nem crescimento então temos que fazer o ajuste. E as reformas só são feitas quando não há solução melhor. O desemprego faz com que o custo da crise esteja presente para todos, e gera pressão sobre o Congresso.
Independente da permanência ou não de Temer, a agenda econômica deve ser mantida. O compromisso com as reformas será o mesmo porque não há alternativa.
Na 16° Pesquisa dos Indicadores Econômicos do G100 Brasil, tem-se:
PIB 2017(0,34%)2018(1,73%)2019(2,55%)
DÓLAR 2017(R$3,30)2018(R$3,37)2019(R$3,40%)
SELIC 2017(9,00%)2018(8,50%)2019(8,00%)
INFLAÇÃO 2017(4,20%)2018(4,12%)2019(4,05%)
Rodrigo Romero ? Founder/President
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FONTE G100 Brasil