A empresa Mega Reciclagem de Materiais, com sede em Curitiba, faz o reaproveitamento de 150 mil lâmpadas por mês e espera ver o movimento até triplicar em época de racionamento de energia. Segundo o proprietário, José Carlos Capelup, com o incentivo do governo federal à população para que troquem as luzes incandescentes pelas fluorescentes, a empresa deve ter um grande aumento de trabalho.
No dia 07 de maio, a Folha publicou erroneamente, segundo informações da Agência Estado, que a única empresa a fazer a reciclagem de lâmpadas fluorescentes e as de iluminação pública, que contêm vapores de mercúrio e sódio era a Apliquim, com sede em Paulínia, São Paulo. A Mega faz esse trabalho há três anos, credenciada pelos órgão responsáveis, que são o Instituto Ambiental do Paraná (IAP) e Instituto Nacional do Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis (Ibama). De acordo com Capelup, no início deste ano, a Mega renovou a licença ambiental até 2003.
A Mega recebe lâmpadas de todo o Brasil, afirmou o proprietário. Entre os clientes da recicladora estão a Companhia de Energia de Minas Gerais (Cemig), a Companhia de Eletricidade do Estado de São Paulo (Eletropaulo), a Companhia Paranaense de Energia Elétrica (Copel), a Osram, a Coca-Cola, Renault, Ford, Itaipu e Kaiser, entre outros. "Todas as empresas que possuem certificado de qualidade, como o ISO, são obrigadas a reciclarem as lâmpadas utilizadas", contou. Segundo ele, outras empresas que possuem gestão ambiental também optam pela reciclagem.
A Mega cobra R$ 0,49 por lâmpada reaproveitada. Acima de 8 mil lâmpadas, a recicladora paga pelo frete. Quantidades inferiores devem ser transportadas pela empresa que está enviando. "Sob a nossa orientação", ressaltou Capelup. Segundo ele, o grande problema da empresa está na forma em que o produto é embalado. "De preferência pedimos para que mandem as lâmpadas dentro das caixas originais. Ou então em uma caixa de papelão bastante resistente", explicou.
A máquina de reciclagem foi projetada pelo próprio Capelup, que observou que havia carência no mercado de empresas especializadas na destinação final de lâmpadas fluorescentes e de vapores. O mecanismo de reaproveitamento extrai os materiais pesados e os separa do vidro. Este é vendido para indústria de cerâmicas, e os outros materiais para indústrias de fundição.