Economia

Dieese constata crescimento do emprego neste ano

12 dez 2000 às 20:06

De janeiro a outubro deste ano, o emprego formal no Paraná cresceu sem parar e foram criados 60 mil novos empregos no período. Esse crescimento é reflexo da retomada da atividade econômica iniciada no segundo semestre do ano passado e consolidada este ano, avaliou Cid Cordeiro, economista do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Sócio-Econômicos (Dieese).

Em outubro, a pesquisa de emprego realizada pelo Dieese apontou crescimento de 0,14% no nível de emprego no Paraná e 0,43% na Região Metropolitana de Curitiba. Isso representa a geração de 1.909 novos postos de trabalho no Estado e 2.535 empregos em Curitiba e região. Com isso nos últimos 10 meses, o nível de emprego cresceu 4,53% no Paraná e 4,06% em Curitiba.


Os setores que mais empregaram em outubro foram as indústrias de material elétrico, montadoras, indústria têxtil e do vestuário e a construção civil. No ano, os setores que mais empregaram foram a agricultura, material de transporte, indústria têxtil e metalúrgica.


A agricultura alavancou o crescimento formal do emprego principalmente nos meses de maio e junho, período de colheita quando o setor contrata mais. Cordeiro atribui esse crescimento mais à formalização dos empregos que já existiam anteriormente do que à criação de novos empregos realmente. O setor ainda trabalha com alto índice de informalidade, explica.


As montadoras geraram 14.308 nos postos de trabalho no período janeiro a outubro. A recuperação da indústria têxtil e o fim das importações de tecidos e roupas deu estabilidade ao setor, que gerou 5.331 empregos no ano. As indústrias metalúrgicas também tiveram desempenho positivo no rastro do crescimento do setor industrial e geraram 1.854 empregos. Um fator de destaque foi o setor de ensino que este ano gerou um ""boom"" na expansão do ensino de nivel superior. A criação de novas faculdades gerou 3.828 empregos formais.

Entre os setores que reduziram o nível de emprego este ano foram a indústria de alimentos e de utilidade pública. Copel e Sanepar reduziram 258 empregos formais nos últimos 10 meses.


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