As formas de desvio de dinheiro de correntistas do Banestado/Itaú, que até ontem atingiu 64 pessoas em Curitiba e nove em Londrina, ainda não foram apuradas. O valor do desvio pode chegar a aproximadamente R$ 250 mil.
Ontem, mais quatro queixas foram registradas na 10ª Subdivisão Policial, em Londrina, que estima que os prejuízos com os correntistas da cidade chegam a R$ 50 mil. Em Curitiba, o delegado-adjunto de Estelionato, Claudimar Lúcio Lugli, informou que o desvio já passou de R$ 200 mil, mas não soube precisar com exatidão o valor.
Em Londrina, as queixas registradas ontem foram de clientes de três agências - centro, Ouro Verde (ambas no Calçadão) e Avenida Tiradentes (zona oeste), as mesmas dos correntistas que procuraram a polícia anteontem. A delegada Waldete Testoni, responsável pelo inquérito, deve ouvir correntistas e funcionários do banco a partir de amanhã. Em Curitiba, a polícia ainda está coletando informações com representantes do banco.
O Banestado/Itaú continua afirmando que o sistema de dados do banco não foi invadido por hackers. "O sistema não foi violado", declarou a assessoria de imprensa da instituição. Na avaliação do banco, o mais provável que tenha ocorrido é a clonagem de cartões. Mas tanto na Delegacia de Estelionato de Curitiba como na Polícia Civil de Londrina, essa hipótese é questionada. "São muitos os casos em pouco tempo", afirmou Lugli.
A assessoria do banco informou que uma auditoria está fazendo a varredura em todas as contas dos clientes que registraram queixa. O prazo para o término desse trabalho é o início da próxima semana. De acordo com a assessoria, após essa investigação é que os clientes serão ressarcidos.
As vítimas, tanto em Curitiba como em Londrina, tomaram conhecimento do rombo após retirarem o extrato bancário. Na Capital, metade das ocorrências foram registradas no dia 18 de junho, após o feriadão de Corpus Christi. Vários tipos de movimentação foram feitas pelos fraudadores. Além de saques, foram feitas transferências. Em Londrina, ocorreram depósitos seguidos de saque, o que também fez a polícia suspeitar em alguns casos de lavagem de dinheiro.