A Siemens do Brasil pretende instalar uma fábrica de celulares no Brasil e está escolhendo entre as cidades de Curitiba e Manaus (AM). Ontem, no Rio de Janeiro, o diretor-geral da Siemens, Aluízio Byro, disse que a empresa está decidindo ainda se sua produção de aparelhos celulares no País ocorrerá em fábrica própria ou terceirizada.
Segundo Byro, a companhia está em fase final de decisão. Caso a opção seja pela construção de uma fábrica própria, a primeira opção para construção da fábrica será em Manaus e a segunda opção, Curitiba. A empresa investirá US$ 50 milhões em dois ou três anos. Se a opção for pela terceirização, a Siemens participará com dois terços do total a ser investido (ainda não definido) enquanto a empresa parceira investirá o restante.
Todas essas alternativas estão na dependência de definição dos leilões da Banca C, D e E para a empresa se posicionar. A partir da abertura desse mercado, que deverá superar o mercado atual (explorado pelas bandas A e B), a Siemens vai indicar quais serão seus parceiros.
Byro disse que a empresa já está em negociação com várias companhias para a possível terceirização. A produção inicial da Siemens do Brasil será de 3 milhões de aparelhos celulares ao ano, destinados também à exportação para a América do Sul.
A empresa espera abocanhar de 20% a 25% do mercado brasileiro de celulares com o início da operação do sistema GSM no Brasil, uma tecnologia de origem européia mais avançada e próxima da G3 (Geração 3), que permite a transmissão de sinais mais rápidos e de alta qualidade (inclusive imagens), Internet, etc.
A previsão do presidente da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), Renato Guerreiro, é que até 2005, o número de celulares passe dos atuais 23,2 milhões para 58 milhões de aparelhos em todo o País. Com maior participação nesse mercado, o presidente da Siemens disse que o objetivo da empresa é duplicar o atual faturamento de US$ 750 milhões. (com Agência Estado)