As ligações irregulares de energia - os chamados gatos - estão tornando o relacionamento entre Copel e moradores cada vez mais tenso. Em alguns casos, a empresa tem que recorrer à escolta policial para conseguir efetuar a retirada dessas ligações.
Nesta quarta-feira, técnicos da Copel voltaram à Vila Leonice, na Barreirinha, em Curitiba, para uma nova vistoria e, mesmo acompanhados de uma viatura da Polícia Militar, foram impedidos pelos moradores de ter acesso ao local. Na terça-feira foram retiradas 29 ligações.
Nas áreas vizinhas às áreas de ocupação irregular, segundo a assessoria de imprensa da Copel, a empresa só consegue trabalhar durante o dia por questões de segurança dos funcionários. Há ameaça por parte dos moradores desconfiados de que a empresa fará o corte dos gatos. Caso aconteça uma interrupção à noite, o consumidor regular fica prejudicado.
As "blitz" de retiradas de "gatos" fazem parte da rotina da Copel. Segundo a assessoria de imprensa, não há números atualizados, mas um levamento feito pela empresa, em 1998, apontou a existência de aproximadamente 6 mil ligações irregulares nas periferias de Curitiba e outros municípios da Região Metropolitana. Em grandes áreas de invasão, já houve situações, segundo a Copel, de retiradas de até 300 ligações num mesmo dia.
Leia mais em reportagem de Andréa Lombardo, na Folha do Paraná/Folha de Londrina