Pesquisar

Canais

Serviços

Publicidade
Novo seguro 'Spvat'

Comissão adia votação do projeto que recria o Dpvat para 7 de maio

Lucas Pordeus León - Agência Brasil
30 abr 2024 às 19:17
- Marcello Casal Jr/Agência Brasil
siga o Bonde no Google News!
Publicidade
Publicidade

Um pedido de vista coletivo na CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) do Senado adiou para a próxima terça-feira (7) a votação do projeto que cria o Spvat (Seguro Obrigatório para Proteção de Vítimas de Acidentes de Trânsito), em substituição ao antigo Dpvat, que era pago pelos proprietários de veículos automotores e foi extinto em 2021.


Enviado pelo governo federal em caráter de urgência, o texto já foi aprovado pela Câmara dos Deputados e tem sido usado como moeda de negociação entre Executivo e Legislativo para compensar o veto presidencial que retirou RS 5,6 bilhões em emendas parlamentares do orçamento deste ano.

Cadastre-se em nossa newsletter

Publicidade
Publicidade


A negociação prevê que R$ 3,6 bilhões da arrecadação do seguro obrigatório sejam usados para o pagamento de emendas para deputados (R$2,4 bi) e senadores (1,2 bi). O projeto recebeu uma emenda na Câmara que permite aumentar as despesas da União em R$ 15,7 bilhões neste ano.

Leia mais:

Imagem de destaque
Jogo simples custa R$ 5

Mega-Sena sorteia nesta terça-feira prêmio acumulado em R$ 37 milhões

Imagem de destaque
Inscrições estão abertas

Polícia Civil oferece 97 vagas de estágio para 40 municípios do Paraná

Imagem de destaque
Saiba mais

Patrocínio do Corinthians influencia em reajuste de máster do Flamengo

Imagem de destaque
Loteria especial

Quina de São João pagará prêmio estimado em R$ 220 milhões


O senador Jaques Wagner (PT-BA), relator do texto no Senado, disse que a antecipação dos recursos é necessária para atender à demanda do Congresso por emendas parlamentares.

Publicidade


“Nós, parlamentares, não abrimos mão dos R$ 11 bi e, achando pouco, botamos mais R$ 5,6 bi, que teve que raspar de mais lugar ainda porque a LRF (Lei de Responsabilidade Fiscal) diz que você tem que mostrar da onde sai o dinheiro”, explicou. Por meio das emendas, os parlamentares indicam onde os recursos do orçamento público deverão ser investidos.


O projeto recebeu críticas da oposição, que argumentou que a medida recria impostos e sobrecarrega a população com o seguro obrigatório. O líder da oposição, senador Rogério Marinho (PL-RN), disse a medida é injusta.

Publicidade


“Mais uma vez, o governo recorre a aumentar impostos, a taxar a população e de forma regressiva, perversa, contra as pessoas mais pobres, na contramão do discurso de um governo que se diz socialmente justo”, afirmou.


Imagem
Lula é multado em R$ 250 mil pelo TSE por impulsionar vídeo contra Bolsonaro
O presidente Lula (PT) foi condenado pelo TSE (Tribunal Superior Eleitoral) a pagar uma multa de R$ 250 mil por impulsionar propaganda eleitoral negativa contra o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) durante as eleições de 2022.


O senador Oriovisto Guimarães (Podemos-PR), também lamentou a recriação do seguro. “É uma tristeza, porque recria um imposto desnecessário, inútil, mais uma maneira de tirar dinheiro da população”.

Publicidade


Coube à senadora Zenaide Maia (PSD-RN) fazer a defesa do seguro obrigatório. Para ela, a medida beneficia a população mais pobre que, vítima de um acidente de trânsito, não tem recursos para despesas médicas ou de reabilitação.


“As pessoas precisam [do seguro]. Como sou médica e trabalhei muito tempo no serviço público, posso dizer que eles sentem falta disso! As pessoas que são atropeladas, que morrem em trânsito”, destacou.

Publicidade


O relator Jacques Wagner também defendeu a necessidade do seguro obrigatório para as vítimas de acidentes de trânsito. Segundo ele, quem mais usa o serviço são os motociclistas acidentados.


“O Dpvat é uma política social. Não tem nada a ver com o imposto. Uma parte vai para o SUS [Sistema Único de Saúde] porque é o SUS que é sobrecarregado com os acidentes de moto ou de automóvel”, argumentou, lembrando que o SUS é beneficiado pela política.

Publicidade


Seguro obrigatório


Criado em 1974, o Dpvat é um seguro obrigatório destinado a indenizar vítimas de acidentes de trânsito ocorridos em todo o território nacional. A indenização é paga em casos de morte, invalidez permanente total ou parcial e para o reembolso de despesas médicas e hospitalares da rede privada por danos físicos causados por acidentes com veículos automotores de via terrestre ou por suas cargas.

Publicidade


A cobrança foi extinta em 2021, quando a Caixa Econômica Federal assumiu a gestão dos recursos e pagamentos do Dpvat no lugar da Seguradora Líder, que era um consórcio de empresas privadas. Na ocasião, havia um excedente em torno de R$ 4,3 bilhões, que permitiu a manutenção dos pagamentos do seguro às vítimas de acidentes de trânsito, mesmo sem a cobrança aos motoristas.


Entretanto, o pagamento das indenizações foi suspenso em novembro do ano passado, por falta de saldo no fundo do Dpvat com a aprovação do projeto, o seguro anual obrigatório voltará a ser cobrado de proprietários de veículos e continuará a ser operado pela Caixa Econômica Federal.


LEIA TAMBÉM:


Imagem
Desemprego sobe a 7,9% no primeiro trimestre de 2024
A taxa de desemprego do Brasil avançou a 7,9% no primeiro trimestre de 2024, após marcar 7,4% nos três meses finais de 2023, indicou nesta terça-feira (30) o IBGE
Imagem
Rock in Rio anuncia dia só de brasileiros, de Ana Castela a Zeca Pagodinho
O Rock in Rio anunciou na tarde desta segunda-feira, ao reunir a imprensa na Cidade das Artes, no Rio de Janeiro, um dia com um line-up formado apenas por artistas brasileiros
Publicidade

Últimas notícias

Publicidade