O Conselho Monetário Nacional (CMN) decidiu manter em 10%, ao ano, a Taxa de Juros de Longo Prazo (TJLP). A taxa, que tem validade por três meses, vai corrigir os contratos assinados nos meses de outubro, novembro e dezembro deste ano.
O diretor de Política Econômica do Banco Central, Ilan Goldfajn, explicou que a taxa foi mantida por não ter sido verificada alteração na projeção da meta da inflação para 2003, e que mesmo com elevação do risco país constatou-se que esse movimento não seria permanente.
O Conselho também aprovou solicitação do Banco Central para elevar em 20% os limites de emissão na programação monetária do terceiro trimestre. De acordo com o diretor, o ajuste era necessário porque houve migração dos recursos dos fundos de investimentos para outras aplicações e, com isso, foi ultrapassada a meta do Banco para o volume de dinheiro em circulação. Os saques nos fundos ocorreram em função da mudança na correção dos títulos feita pelo Banco Central. Goldfajn reiterou que esses motivos levaram o Banco a pedir ao Conselho Monetário Nacional a elevação das metas, que serão apreciadas pelo Senado Federal.
O diretor avalia que não serão utilizados totalmente os 20% de acréscimos na programação monetária para o terceiro trimestre porque os saques dos fundos se acomodaram. Ele acrescenta que a nova meta prevista é de R$ 69,2 bilhões contra R$ 58,8 bilhões, anterior.