Os funcionários da Chrysler poderão aderir a um Plano de Demissão Voluntária. O PDV é uma alternativa à demissão que vai ocorrer para os 190 empregados da empresa, que anunciou o encerramento de suas atividades no município de Campo Largo, Região Metropolitana de Curitiba.
O PDV integra cerca de 16 itens que constam de um acordo firmado nesta segunda-feira, na Procuradoria Regional do Trabalho, entre a montadora, a Federação dos Metalúrgicos do Paraná e o Sindicato dos Trabalhadores nas Empresas Montadoras de Veículos Motores e Chassis de Campo Largo (Sindimovec).
Conforme o acordo, a licença remunerada dos trabalhadores se encerra no dia 25 de setembro, quando serão iniciadas as demissões. Quem aderir ao PDV, vai receber o valor equivalente a três salários mínimos nominais do empregado, garantindo um mínimo de R$ 3 mil. Como a maioria dos empregados, ganha em média R$ 720 por mês, a Federação dos Metalúrgicos calcula que com o PDV, o trabalhador vai ter acesso até a cinco salários, contando com o aviso prévio. E há ainda as verbas legais, como férias, 13º proporcional e outros. Os empregados terão prazo para recorrer ao PDV, por escrito até 1º de outubro.
Quem não aderir ao PDV, vai receber as verbas rescisórias como aviso prévio indenizado, a liberação do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS), mais os 40% da multa. A Federação dos Metalúrgicos estava reivindicando um PDV de 12 salários. Mas diante das circunstâncias em que a Justiça não obriga a empresa pagar nada mais do que as verbas rescisórias, a federação julgou que o acordo foi firmado dentro do que foi possível.
Conforme o acordo, os empregados poderão escolher entre a continuidade de um Plano de Assistência Médica por mais três meses, a contar da data da rescisão do contrato de trabalho para todos os demitidos, ou o recebimento de uma quantia única de R$ 400. Os seis empregados com mandato sindical receberão um pagamento adicional de nove salários nominais, adicionados ao PDV.
Na próxima sexta-feira, a Federação dos Metalúrgicos e o Sindimovec terão reunião com o secretário do Trabalho, Newton Grein, onde vão cobrar responsabilidades do governo estadual na demissão dos empregados. A federação quer a qualificação e a recolocação dos empregados demitidos, no mercado de trabalho.