A volatilidade deve continuar dominando os negócios no mercado nos próximos dias. Na semana passada, o rebaixamento da dívida brasileira pelas agências de classificação de risco Moody’s (esta apenas da perspectiva do rating) e da Fitch provocou a disparada do dólar e do risco País, movimento acentuado depois das declarações do secretário do Tesouro americano, Paul O’Neill, de que os Estados Unidos se oporiam a uma nova ajuda do Fundo Monetário Internacional (FMI) ao Brasil.
Alguns analistas acreditam que o Banco Central (BC) poderá limitar as posições compradas em dólares dos bancos e aumentar o compulsório dos depósitos à vista (contas correntes), nos próximos dias, para reduzir o poder de fogo das instituições em apostar na alta da moeda americana. A questão é saber se as medidas serão suficientes para controlar um movimento que, na avaliação de economistas como o ex-presidente do BC Gustavo Loyola, sócio da Tendências Consultoria Integrada, é provocado pela combinação da aversão global ao risco e das incertezas no cenário político.
Ele diz ainda que, para complicar, o mercado adquiriu o que ele chama de dinâmica própria, em que a alta do dólar num dia acaba levando a moeda a subir no dia seguinte.
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