Nos últimos cinco anos, o setor de TIC (Tecnologia da Informação e Comunicação) cresceu 6,9% ao ano no País e a estimativa é que até 2025 os investimentos em tecnologias de transformação digital somem R$ 666 bilhões. A expansão significativa pode ser medida pela representatividade do setor no PIB (Produto Interno Bruto) nacional, de 6,6% no ano passado, o correspondente a R$ 653,7 bilhões.
Os números fazem parte do Relatório Setorial 2022 Macrossetor de TIC da Brasscom (Associação das Empresas de Tecnologia da Informação e Comunicação e de Tecnologias Digitais) que colocam o Brasil na décima colocação em produção de TIC e telecomunicações no mundo, sendo o único representante da América Latina no ranking dos dez maiores.
Diante de perspectivas tão promissoras, a Aliança Estratégica dos Ecossistemas de Inovação de Maringá e Londrina, firmada em novembro do ano passado, surge como um meio de fortalecer e impulsionar o crescimento das áreas de inovação e tecnologia nas regiões Noroeste e Norte do Paraná. Por sua característica de transversalidade, o setor de tecnologia hoje tem espaço em todas as empresas da cadeia econômica que se veem obrigadas a consumir tecnologia por entenderem que essa é uma ferramenta essencial para a manutenção da competitividade no mercado.
Em Londrina, nos últimos anos, as empresas da área de tecnologia tiveram um crescimento entre 50% e 300%, segundo o presidente da governança de TIC, Thiago Zampieri. Apenas o setor de serviços em TIC representa 10% do PIB municipal. Essas empresas são grandes geradoras de postos de trabalho e, atualmente, Londrina e Maringá contabilizam cinco mil vagas abertas. “Temos geração de mão de obra, com 11 instituições de ensino só na região de Londrina, com cursos formando no segmento e novos sendo criados, como é o caso da UEL, que está pleiteando ciências de dados, um curso totalmente novo. Temos, no Senai, o único hub do país de Inteligência Artificial e multinacionais na área de TIC”, destacou.
MARINGÁ
Em 2020, Maringá contava com mais de 1,1 mil empresas na área de TI, entre serviços, comércio, indústria e telecomunicações e mais de 6,6 mil empregos formalizados. Somente o setor de serviços em TI empregava, em 2022, quase cinco mil pessoas naquele município, escolhido para sediar uma das maiores processadoras bancárias do país. Em 2019, as instituições de ensino maringaenses somavam 11 cursos de formação na área.