Nos períodos anteriores, a meteorologia local centrou seus olhares no prolongado período de seca enfrentado em Londrina. Em 2021, de acordo com dados do IDR-PR (Instituto de Desenvolvimento Rural do Paraná), março, maio e outubro tornaram-se os únicos meses em que os acumulados pluviométricos superaram a média histórica esperada.
O total de 105,4 milímetros apurados ao longo de novembro pela estação meteorológica do IDR, situada na zona sul da cidade, não atingiu a média histórica de 166 mm, referente ao mês.
A agrometeorologista Angela Costa explica que a região segue sob influência do fenômeno La Niña, que reduz a frequência de chuvas no sul brasileiro e tende a levantar o volume pluviométrico no Norte e Nordeste.
Além das flores, a primavera é lembrada como uma estação chuvosa. No entanto, as precipitações, mesmo com volume expressivo, só foram registradas de 5 a 7 de novembro, com regresso no período de 17 a 19 do mesmo mês e só retornando no último dia 26, aponta a pesquisadora, classificando-as como irregulares e mal distribuídas.
Costa monitora as condições climáticas para a agricultura na região. Ela analisa que as chuvas das últimas semanas falharam em repor o déficit hídrico deixado nos rios, mananciais e reservatórios pelo período de seca.
Londrina recebe o desafio de alcançar a média de 206 milímetros de chuva em dezembro. Mas, pelo menos nesta semana, o sol deve brilhar protagonista no céu. Veja a previsão do tempo.
*Sob supervisão de Larissa Ayumi Sato.