A manicure Graziela Araújo, moradora do Residencial Vista Bela (zona norte de Londrina), é mãe solo. Ela diz que o caçula, o pequeno Noah, nasceu este ano, mas ela preferiu criar o bebê sozinha, porque sentia que a rotina com o ex-marido estava desgastante. Araújo integra o contingente de mães que enfrenta o desafio de criar os filhos de maneira independente, sem a ajuda do pai. E no caso dela são sete filhos.
“Fui casada duas vezes. Com o primeiro marido eu tive três filhos e fiquei casada 12 anos, mas o peguei me traindo e me separei. Os quatro últimos filhos são do segundo casamento", conta. “Tem dias que penso que não vou conseguir. Faço as unhas e sobrancelha de hena, mas há dias que trabalho tanto que dói a minha coluna. Eu não posso deixar de trabalhar, porque senão há o risco de faltarem as coisas em casa”, ressaltou.
Um levantamento realizado pelos Cartórios de Registro Civil do Paraná apontou que nos quatro primeiros meses deste ano foram registradas 2.392 crianças somente com o nome materno, o maior percentual para o mesmo período desde 2018. Vale lembrar que, desde 2012, o reconhecimento de paternidade pode ser feito direto em cartório. Segundo Bruno Azzolin Medeiros, 1º Secretário do Irpen (Instituto do Registro Civil das Pessoas Naturais do Estado do Paraná) e oficial de registro civil de pessoas naturais de Bandeirantes, na pandemia o portal, sendo uma ferramenta recente, conseguiu diversos dados.
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