Conhecido como Lua das Flores nos Estados Unidos - uma vez que é primavera no hemisfério Norte -, a última Superlua do ano vai estar visível no céu de todo o mundo a partir do início do anoitecer desta quinta-feira (7). A melhor observação do fenômeno poderá ser feita de lugares altos.
De acordo com Miguel Fernandes Moreno, coordenador do Gedal (Grupo de Estudo e Divulgação de Astronomia de Londrina), a Superlua acontece porque a órbita da Lua é elíptica, ou seja, não é um círculo perfeito. "A órbita da Lua é um círculo levemente achatado e, com isso, há períodos em que a Lua está um pouquinho mais perto da Terra - o que chamamos de perigeu - e há períodos em que ela está um pouco mais afastada da Terra, ou seja, o apogeu", apresenta Moreno.
Segundo o coordenador do Gedal, a Superlua ocorre quando a fase cheia da Lua está coincide com o perigeu, ou seja, quando está mais próxima da Terra. "Para termos ideia, a distância média da Lua até a Terra é de cerca de 385.000 quilômetros. Durante o perigeu, quando a Lua está mais próxima de nós, essa distância cai para uma faixa de 360.000 quilômetros. Com isso, a gente tem uma variação do diâmetro e do brilho da Lua no céu", explica.
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Em uma Superlua, confirme explica Moreno, o diâmetro da Lua pode variar aproximadamente 11%, enquanto que o brilho varia em uma média de 20% a 30%. "Entretanto, esses números valem quando comparamos uma Lua cheia de apogeu - quando está mais distante da Terra - com uma Superlua como a de hoje", conta.
Moreno afirma que, apesar da variação parecer grande por comparar o mínimo e o máximo, as mudanças não são tão perceptíveis. Isso porque, quando comparada à Lua média, a Superlua apresenta variação de cerca de 5% em seu diâmetro e de 10% a 15% no brilho.
Em 2020, o fenômeno ocorreu três vezes: 9 de fevereiro, 9 de março e nesta quinta, 7 de maio. De acordo com o coordenador do Gedal, a próxima Lua cheia em perigeu - Superlua - só poderá ser vista em abril de 2021.
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*Sob supervisão de Fernanda Circhia.
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