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Eleições paulistanas

Tabata quer Marçal fora de debates, Nunes pede segurança e Datena diz que ex-coach deve ser parado

Carlos Petrocilo, Carolina Linhares, Maria Paula Gioacomelli, Isabella Menor, Joelmir Tavares e Mariana Zylberkan - Folhapress
24 set 2024 às 17:22

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- Divulgação
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Um dia após o debate eleitoral para a Prefeitura de São Paulo terminar com um assessor na delegacia e um marqueteiro ensanguentado, adversários de Pablo Marçal (PRTB) pediram diferentes medidas para conter o candidato, como a exclusão dele dos próximos encontros, reforço na segurança e ação da Justiça.

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O encontro promovido pelo Flow na noite desta segunda-feira (23) acabou com o candidato do PRTB expulso e um assessor seu, Nahuel Medina, levado à delegacia após dar um soco em Duda Lima, marqueteiro do prefeito Ricardo Nunes (MDB) que saiu ensanguentado.

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Tabata Amaral (PSB) divulgou nota para chamar "a atenção para a responsabilidade das emissoras e veículos de imprensa".


"É necessário avaliar os motivos que levam a convidar um candidato que não debate propostas para a cidade, participa com a intenção de tumultuar e cujos requisitos legais não tornam a sua participação obrigatória", afirmou.

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Atualmente, o convite só é obrigatório em debates transmitidos por rádio e TV a candidatos de partidos com, no mínimo, cinco deputados federais até 20 de julho do ano da eleição. O PRTB não tem representação na Câmara.


"A confusão que ele causa é um método que só o favorece e que impede a população de ver uma discussão sobre os problemas reais da cidade", completou a deputada.

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Nunes (MDB), por sua vez, afirmou na manhã desta terça-feira (24) que a agressão poderia ter causado a morte de Duda e que foi premeditada. O prefeito cobrou que haja segurança nos debates, mas disse que pretende participar dos próximos.


"Só peço aqui que a gente tenha consciência do risco que está sendo colocar esse tipo de gente no meio de pessoas civilizadas, eles não têm limites", completou.

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"Colocar pessoas desse nível no meio das outras pessoas, eu praticamente não me sinto confortável", disse ainda ao ser perguntado sobre conversas com os demais candidatos a respeito da presença de Marçal nos debates.


"A gente não pode ter um ambiente que coloque a vida das pessoas em risco. [] Quem quer fazer um debate precisa assumir a responsabilidade de ter um ambiente com segurança. [] Vai esperar acontecer pior ainda do que já aconteceu, que já é muito grave?", cobrou o prefeito.

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A campanha de Nunes, por enquanto, rejeita deixar de ir aos debates ou exigir aos organizadores que o influenciador não seja convidado.


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Para Nunes, é "bom" que Marçal participe dos debates, "porque as pessoas estão vendo que ele não conhece a cidade, que ele não tem propostas, que ele só fala coisas lunáticas, que está nesse processo, não pode ser para outro fim, a não ser ganhar dinheiro".

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Ainda assim, o prefeito declarou que Marçal "não tem a menor condição" de estar no processo eleitoral, dada sua atuação agressiva, o ambiente de tumulto que causa e seu objetivo de viralizar na internet em vez de discutir a cidade.


José Luiz Datena (PSDB), por sua vez, afirmou que o debate e a campanha com a presença de Marçal são impossíveis e que o influenciador precisa ser parado.


"Ele [Marçal] agride o tempo todo e deturpa o debate. Ele está sendo chamado de psicopata, mas é um mau caráter, sujeito de péssima qualidade e que precisa ser parado pela lei", afirmou o tucano.


Nesta terça-feira, em agenda pelas ruas de São Mateus, na zona leste de São Paulo, Datena voltou a ser saudado pela cadeirada no autointitulado ex-coach no debate da TV Cultura.


O tucano evitou comparações entre sua agressão e o soco no marqueteiro de Ricardo Nunes. Nahuel Medina chegou a ser detido, o que não aconteceu com Datena.


"O cara [Medina] agrediu covardemente, e eu respondi a uma agressão. Fui agredido verbalmente de uma forma desumana", disse Datena.


O deputado Guilherme Boulos (PSOL), por sua vez, classificou como "inaceitável" a agressão e estendeu suas críticas ao atual prefeito. Segundo o psolista, Nunes agiu com provocações "fora das câmeras".


"Reprovo também a conduta de candidatos, e aí inclui o Ricardo Nunes, que trabalha com provocação e com mentira. Fora das câmeras, xingando, atacando, provocando", disse. "Não é por acaso que são dois candidatos ligados ao ex-presidente Bolsonaro, a essa cultura de ódio."


Marçal voltou a negar nesta terça-feira (24) que tenha se envolvido em confusão. "Não fui eu que briguei", disse, antes de participar de sabatina. "Foram os dois que criaram [a confusão]", continuou, ao se referir ao mediador, Carlos Tramontina, e a Duda Lima.


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