A Justiça do Amazonas condenou a mãe e o irmão da ex-sinhazinha Djidja Cardoso, 32, além de outras cinco pessoas, por tráfico de drogas e associação para o tráfico. A empresária que atuou entre 2016 e 2020 como a personagem sinhazinha do Boi Garantido no Festival Folclórico de Parintins foi encontrada morta, em Manaus, em 28 de maio.
A sentença, proferida pelo juiz Celso de Paulo no último dia 13 e publicada nesta terça-feira (17), é resultado da investigação sobre o uso indiscriminado de cetamina ou ketamina, um medicamento veterinário usado como droga sintética, pela seita 'Pai, Mãe, Vida'.
A principal linha de investigação da polícia é de que a morte de Djidja tenha sido provocada por uma overdose da droga. O laudo oficial, no entanto, ainda não foi divulgado pelo Instituto Médico-Legal.
Cleusimar e Ademar Cardoso, que são respectivamente mãe e o irmão de Djidja, foram condenados a 10 anos e 11 meses de prisão. A defesa da família disse que vai recorrer da decisão. Ambos estavam presos desde 31 de maio, sob suspeita de participarem de uma seita religiosa que seria responsável por distribuir e incentivar o uso ilegal da cetamina.
Também foram condenados o ex-namorado de Djidja, Bruno Roberto Lima; José Máximo Silva de Oliveira e Savio Soares Pereira, comerciante suspeito de fornecer cetamina; Hatus Silveira, que atuava como preparador físico da família; e Veronica da Costa Seixas, gerente da rede de salões de beleza da ex-sinhazinha.
Bruno Roberto e Verônica Seixas respondem em liberdade e podem recorrer da decisão. Os demais vão cumprir suas penas no regime fechado, conforme a sentença judicial. A reportagem não conseguiu localizar a defesa dos citados.
Em junho, o Ministério Público denunciou o grupo por tráfico de drogas e associação para o tráfico. Na denúncia, a Promotoria afirmou que Cleusimar Cardoso, mãe de Djidja, estava no núcleo central do esquema de tráfico de entorpecentes.
Na mesma sentença, a Justiça absolveu outras três pessoas: a cabeleireira Claudiele Santos e o maquiador Marlisson Dantas, funcionários do salão de beleza da ex-sinhazinha, e Emicley Araujo Freitas Júnior, ex-funcionário da clínica que fornecia a droga. A investigação concluiu que o trio não tinha ligação com o grupo no contexto do uso da substância.
O juiz Celso de Paulo determinou ainda que outros crimes, como estupro, charlatanismo, manipulação e adulteração de medicamentos, sejam desmembrados e encaminhados às varas competentes para investigação.
A polícia investiga a suposta criação de uma seita, batizada de "Pai, Mãe e Vida", em que membros da família usavam a droga enquanto assistiam a vídeos religiosos, como as Cartas de Cristo.
Segundo investigações, Djidja e familiares usavam fármacos de forma recreativa, principalmente a cetamina, anestésico com potencial de sedação e propriedades psicodélicas. Segundo a polícia, os funcionários do salão induziam pessoas a se associarem à suposta seita.
Cleusimar e Ademar foram presos no dia 30, por suspeita de participação na suposta seita. O irmão de Djidja também é apontado pela polícia como responsável pelo aborto de uma ex-namorada que era obrigada a usar a cetamina e sofria abusos sexuais quando perdia a consciência. Ambos negam as acusações.
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