A seca extrema que atinge a Amazônia continua a fazer com que os principais rios da região registrem níveis abaixo da média histórica.
O 37º Boletim de Alerta Hidrológico, publicado na sexta-feira (13), traz dados alarmantes sobre o nível dos rios na região, que não apresentam expectativa de melhora nos próximos dias.
Diversos rios da Amazônia registram níveis abaixo da média histórica, sem previsão de recuperação a curto prazo.
Leia mais:
Receita Federal abre consulta ao lote residual de dezembro na segunda-feira
No Brasil, inspeção de passageiros em aeroportos é aleatória, garante Anac
Três em cada dez residências não têm rede de esgoto
Senado aprova projeto que limita ganho do salário mínimo e muda regras do BPC
Em Manaus, o rio Negro chegou a 16,75 metros, 3,7 metros abaixo da faixa de normalidade para o período. O nível do rio desce 24 cm por dia.
Segundo Andre Martinelli, gerente de Hidrologia da Superintendência Regional de Manaus do SGB, "não há projeções de melhoria a curto prazo", declarou ele ao site do SGB.
De acordo com Andrea Ramos, meteorologista da Climatempo, "estamos vivendo período de estiagem, normalmente ligado à diminuição de chuvas, mas que nesse ano houve ainda menos chuvas".
"Na região Norte, a gente não tem estações definidas, mas, sim, um período chuvoso e outro menos chuvoso. O problema é que tanto no período chuvoso, que sempre chove, não choveu tanto. E agora, que seria o período menos chuvoso, menos ainda. Então, é esse o reflexo", explicou Andrea Ramos, meteorologista da Climatempo.
Veja baixa histórica nos rios por região:
Solimões. Em Tabatinga (AM), o rio Solimões marcou -1,79 m, o nível mais baixo já registrado desde 1983.
Itapéua. O rio Solimões em Itapéua (AM) está em 2,3 m, sendo a terceira menor cota já registrada.
Fonte Boa. A cota do rio Solimões em Fonte Boa (AM) é de 10,16 m, a 8ª mais baixa da história.
Madeira. O nível do rio Madeira, um dos mais importantes afluentes do rio Amazonas, chegou a 41 cm às 12h do sábado (14), menor marca desde 1967.
Acre. Em Rio Branco (AC), o rio Acre está em 1,28 m, a segunda menor cota da história, atrás da marca de 1,24 m registrada em 2022.
São Félix do Xingu. O rio Xingu está entre os 10 menores níveis já registrados desde 1977. A cota atual é de 3,37 m na estação Boa Sorte..
Rio Amazonas. Em Óbidos (PA), o nível do rio Amazonas chegou a 1,17 m, o menor já registrado para essa data desde 1967.