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Renato Cariani diz ter inimigos e que faltam evidências em investigação; assista

Folhapress
15 dez 2023 às 19:53

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- Reprodução/YouTube
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Em vídeo divulgado nas redes sociais nesta sexta-feira (15), o influenciador Renato Cariani, 47, voltou a negar as acusações de desvio de produtos químicos para a fabricação de drogas, que motivou buscas da Polícia Federal na última terça (11).


Com sete milhões de seguidores, Cariani afirmou que é uma vítima, que tem inimigos e que seu sucesso profissional incomodou outros empresários da área em que trabalha. "Não vou adiar meu depoimento, não tenho motivo para adiar, quero logo prestar esse depoimento", diz o empresário.

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De acordo com a PF, o influenciador abastecia uma rede criminosa de tráfico de drogas comandada por criminosos do PCC, como Fábio Spinola Mota, que é apontado como membro da facção e foi preso no início deste ano na Operação Downfall, que investigou esquema de "tráfico internacional e interestadual de drogas, com diversas ramificações no país".

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Cariani não nega que mantinha uma relação com Mota, mas diz que o conhecia devido a uma loja automotiva, para onde o influenciador levava carros para manutenção ou reparos estéticos. "Ele é um empresário de Diadema, dono de uma loja referência na cidade. Essa é a atividade econômica que eu sempre conheci o Fábio", afirmou o influenciador, que não citou no vídeo a prisão de Mota no início do ano.

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O influenciador afirma que eles não tinham uma relação de intimidade e que nunca visitou a casa do lojista e nem ele a sua. Porém, como ambos são donos de propriedades em um condomínio em Guarujá, no litoral paulista, acabam se encontrando.


Cariani diz ainda que Mota é muito conhecido e, por isso, há imagens anexadas ao processo em que ele aparece ao lado do empresário, em ocasiões como almoços. "Ele é muito conhecido, tive a oportunidade de encontrar ele em ações sociais."

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A relação financeira citada na investigação, diz o influenciador, se deve porque ele teria feito uma transferência de R$ 75 mil para o cinegrafista Mauricio Lavorato, que por sua vez transferiu para Mota o mesmo valor. Segundo Cariani, o cinegrafista comprou uma BMW do lojista e isso justificaria a transferência.


Ele explica que o automóvel custaria R$ 150 mil, e Lavorato teria transferido metade e financiado o restante do valor. Cariani nega que o lojista se apresentasse como representante da multinacional farmacêutica AstraZeneca.

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Cariani é suspeito de desviar produtos químicos para produção de crack e cocaína. Para justificar a saída dos produtos, segundo a PF, eram emitidas notas fiscais falsas e feitos depósitos em nome de laranjas, usando indevidamente o nome da AstraZeneca.


Ao longo da apuração, Cariani apresentou troca de mensagens com um suposto funcionário do laboratório, Augusto Guerra. A análise telemática demonstrou, contudo, que teria sido Mota quem havia registrado um domínio na internet em nome da AstraZeneca, com extensão com.br, e criado um email em nome desse funcionário fantasma.

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Cariani nega. "Isso é mentira. Não tem um apontamento no inquérito que diga isso", afirma o influenciador. Ele diz que existe um padrão a ser cumprido para a venda de produtos controlados. "Quando uma empresa tem licença para vender produtos químicos, ela tem um regulatório para cumprir, uma regra a cumprir. Tenho que lançar mensalmente tudo o que foi vendido daquele produto. Todas as notas fiscais apontadas pela investigação foram encontradas no mapa."


"Não é bagunçado, existe toda uma mecânica, o processo", diz ele, que rebate também a suspeita de pagamentos feitos em espécie. "Havia duas formas de pagamentos, boleto bancário ou pagamento identificado para que tenha rastreabilidade. Todos eram identificados. Que espécie? Nunca recebi em espécie."

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Relatou, ainda, que pessoas se afastaram dele após a operação da PF. "Nada como um dia após o outro, meus amigos", desabafou ele. "Tudo na vida é um aprendizado. O que eu estou falando é verdade, eu nunca fiz nada, não faço parte deste esquema, nem minha sócia e nem a empresa que eu sou sócio."


Cariani ainda também que seu sucesso incomoda "Quando eu levanto muito uma empresa, outros empresários se incomodam, eu tenho inimigos. Levantei muito um mercado e tirei de outros", diz ele, que dá a entender que foi denunciado por algum desafeto.

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"Isso é fruto de uma denúncia, mas são essas as evidências? Será que quem denunciou apresentou essas evidências? Estão aqui as provas. É muito fácil realizar uma defesa quando se está com a verdade."


ASSISTA AO NOVO VÍDEO PUBLICADO POR CARIANI:


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