O Ministério Público do Amazonas denunciou a mãe, o irmão e o ex-namorado de Ddija Cardoso por tráfico de drogas. Outras sete pessoas também foram denunciadas. A ex-'Sinhazinha' do Boi Garantido foi encontrada morta em casa no final de maio. A suspeita é de que tenha sido vítima de overdose.
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O órgão apresentou a denúncia contra os 10 investigados na quinta-feira (27). Apesar da suspeita de outros 13 crimes cometidos pela família, o Ministério os denunciou por tráfico de drogas.
A mãe, Cleusinar Cardoso, o irmão Ademar Cardoso e o ex-namorado Bruno Roberto são denunciados por obtenção, uso e distribuição de cetamina. Funcionários de um salão de beleza ligado à família, um professor de academia e clínicas veterinárias também são alvos do processo.
A droga era comprada por Ademar e funcionários da família em clínicas veterinárias. As compras eram feitas sem receita médica.
Os denunciados devem agora apresentar defesa prévia no prazo de 10 dias. Segundo o MP, a denúncia se baseia nas ''constantes transações envolvendo o tráfico de cetamina, a apreensão do material entorpecente, os vídeos e fotos indicando a distribuição indiscriminada de seringas do remédio'.
Djidja foi encontrada morta em casa, em Manaus, no final de maio. Na ocasião, a família da ex-sinhazinha já era investigada por liderar um grupo religioso que forçava seguidores a usar cetamina para "transcender a outra dimensão e alcançar um plano superior e a salvação", segundo a polícia.
A seita ''Pai, Mãe, Vida'' fazia 'rituais com o uso indiscriminado de cetamina'. As investigações apontaram que algumas das vítimas sofreram violência sexual e aborto. A seita funcionava há pelo menos dois anos no bairro Cidade Nova, em Manaus.
Investigações começaram com pai de vítima na delegacia. "O pai da companheira de Ademar resgatou a filha dopada e a levou à delegacia, relatando os fatos há cerca de 40 dias", diz o delegado. Segundo a polícia, "seita" funcionava há pelo menos dois anos no bairro Cidade Nova, em Manaus.
Defesa também nega a existência de uma seita religiosa. "Não existe esse negócio de ritual e de que funcionários e amigos eram obrigados ou coagidos a usar a droga. Não existia isso. Eles ofereciam sob efeito de drogas, com aquele argumento, com aquela alegação da transcendência da evolução espiritual", argumentou a advogada Lidiane Roque, que representa a família Cardoso.