Morreu hoje (7) a 241ª vítima do incêndio na Boate Kiss, em Santa Maria (RS). Driele Pedroso Lucas, de 23 anos, estava internada desde o dia da tragédia, no dia 17 de janeiro, respirando com a ajuda de aparelhos. De acordo com a Força Nacional do Sistema Único de Saúde (SUS), a morte ocorreu pouco antes das 7h da manhã, no Hospital Mãe de Deus, em Porto Alegre, onde a jovem estava internada.
A intoxicação pela fumaça foi a principal causa de mortes no incêndio. Ao pegar fogo, a espuma no teto da boate, usada para isolamento acústico, produziu um gás letal. Segundo relatos de sobreviventes, uma fumaça preta tomou conta de todo o local em poucos minutos, antes mesmo que as pessoas pudessem perceber as chamas. A inalação da fumaça provocou, o que os médicos chamam de, pneumonite química. Os sintomas da intoxicação foram sentidos por diversas pessoas até cinco dias depois do incêndio. Algumas delas foram internadas e precisaram de ventilação mecânica.
Desde o último dia 4, o Ministério da Saúde passou a cadastrar pessoas que tiveram contato com gases tóxicos produzidos pela fumaça do incêndio na cidade gaúcha. O mutirão de atendimento clínico e psicossocial irá atender pacientes que tiveram alta hospitalar e quem estava na boate ou participou do resgate e tive contato com a fumaça tóxica liberada durante o incêndio, além de parentes das vítimas. As consultas, de acordo com a pasta, começam no próximo sábado (9) no Hospital Universitário de Santa Maria.