Cerca de duas mil pessoas, segundo a Guarda Municipal, acompanharam, na manhã deste domingo (17), o sepultamento do corpo de Vitória Gabrielly Guimarães Vaz, de 12 anos, no cemitério municipal de Araçariguama, interior de São Paulo. O corpo da menina foi encontrado no sábado, 16, à margem de uma estrada rural, após ficar oito dias desaparecida. Ela saiu de casa, no último dia 8, para andar de patins, e não voltou mais. A polícia acredita que a menina foi sequestrada e assassinada, mas ainda investiga as circunstâncias e motivações do crime.
O corpo de Vitória foi velado durante a noite, após passar por perícia no Instituto Médico Legal (IML) de Sorocaba. Um clima de comoção marcou o velório e o sepultamento. A mãe da menina, Rosana Guimarães, passou mal e não acompanhou o enterro. O pai, Beto Vaz, caminhou segurando a parte da frente do caixão. Devido ao grande número de pessoas, uma ala do cemitério precisou ser isolada. Alunos da escola onde a menina estudava prestaram uma homenagem à Vitória.
Depois de oito dias de buscas que envolveram as polícias civil, militar, Corpo de Bombeiros e voluntários, o corpo de Vitória foi achado por um catador de latinhas, na Estrada de Aparecidinha, no bairro Caxambu, a sete quilômetros do local onde a menina foi vista pela última vez. O cachorro que acompanhava o homem foi atraído para o interior da mata. Ele localizou o corpo e a Polícia Militar foi avisada.
Os patins que a menina usava quando desapareceu estavam ao lado do corpo. Ela estava vestida com as mesmas roupas - shorts jeans e camiseta preta - do dia em que desapareceu. Um laudo prévio já foi repassado à Polícia Civil, mas nada foi divulgado em razão do sigilo decretado nas investigações.
Com base em vários depoimentos, a polícia acredita que Vitória foi morta por engano. Ela teria sido confundida com alguém da família de um usuário de drogas que devia dinheiro a traficantes. A garota foi sequestrada e levada de carro para o local onde acabou morta. Também há dúvida se Vitória foi assassinada no local ou se o corpo foi apenas deixado ali. Um morador de Mairinque está preso temporariamente, suspeito de participação no crime.