O número de imóveis financiados no país com recursos das cadernetas de poupança caiu quase 24% em dezembro de 2022 ante o mesmo mês do ano anterior. E na comparação do resultado de todo o ano passado com 2021, também houve queda, perto de 18%.
Os dados foram levantados pela Abecip (Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança), que atribuiu o recuo à inflação, que embora controlada ainda ficou alta, e à taxa básica de juros, a Selic, que segue elevada, em 13,75% ao ano.
Leia mais:
Jogadora do Corinthians bate o carro, atropela mulher, tenta fugir e é impedida de deixar local
STF tem cinco votos para manter prisão do ex-jogador Robinho
Oito restaurantes brasileiros estão entre os cem melhores do 50 Best América Latina
Adultos com diabetes quadruplicam em três décadas e a maioria não recebe tratamento
Em dezembro do ano passado, foram financiados 49,4 mil imóveis no Brasil, nas modalidades de aquisição e construção.
O número foi 9,4% maior em relação a novembro, mas 23,8% abaixo do registrado em dezembro de 2021. De janeiro a dezembro de 2022, o saldo de imóveis financiados com dinheiro proveniente do SBPE (Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo), de 713,25 mil unidades, foi 17,7% menor do que o acumulado no ano anterior.
Em valores, o resultado do último mês de dezembro apontou estabilidade, com pequena alta, de 0,2%, sobre dezembro de 2021. Naquele mês, os financiamentos somaram R$ 14 bilhões. Mas no acumulado do ano, o montante financiado também caiu ante 2021.
Os R$ 179,2 bilhões negociados em 12 meses foi 12,8% menor do que no mesmo período do ano anterior.
“O ano de 2022 foi especialmente desafiador para a poupança. A inflação, embora inferior à de 2021, continuou elevada, comprometendo o orçamento doméstico e reduzindo a capacidade de poupança de parte das famílias”, disse a Abecip em um relatório publicado no site da entidade.
A associação observou ainda que a Selic elevada beneficiou aplicações ligadas ao CDI (Certificado de Depósito Interbancário), em detrimento da poupança, o que pode ter provocado “remanejamento de portfólio”.
Leia a reportagem completa na FOLHA DE LONDRINA: