A Polícia Civil de Goiás afirmou nesta quarta-feira (9) que a queda do helicóptero que transportava o principal suspeito da chacina de Doverlândia e outras sete pessoas foi causada por falha mecânica. O Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa), porém, não deu prazo para encerrar suas investigações.
"Não acreditamos em falha humana", disse a delegada Adriana Accorsi, diretora-geral da policia, que ainda descartou a hipóteses de atentado. Emocionada, lembrou que nesta quarta-feira é o Dia do Policial Civil - ela não embarcou para tentar impedir uma greve. Além do assassino confesso de sete pessoas do crime em 28 de abril, Aparecido Souza Alves, de 22 anos, morreram o superintendente Antônio Gonçalves Pereira dos Santos, de 64; o delegado de Iporá, Vinicius Batista da Silva, de 33; os delegados Bruno Rosa Carneiro, de 32, e Jorge Moreira da Silva, de 54; e os peritos Marcel de Paula Oliveira, de 31, e Fabiano de Paula Silva, de 37.
O acidente aconteceu às 15h55 de terça-feira, 15 minutos após a decolagem da fazenda Nossa Senhora Aparecida, onde foi feita a segunda reconstituição da chacina. Testemunhas viram peças se descolando da aeronave, que teria caído em pirueta.
O helicóptero Koala AW119 Mk-II Enhanced, da empresa anglo-italiana AgustaWestland, prefixo PP-CGO, tinha passado por revisão de 300 horas de voo, entre os dias 4 e 7. Na chacina foram degolados Lázaro de Oliveira Costa, de 57 anos, dono da fazenda e ex-presidente do Sindicato Rural de Doverlândia; Leopoldo Rocha Costa, de 22, filho do fazendeiro; Heli Francisco da Silva, de 44, vaqueiro do local; Joaquim Manoel Carneiro, de 61, amigo de Lázaro; Miraci Alves de Oliveira, de 65, mulher de Joaquim; Adriano Alves Carneiro, de 24, filho do casal; e Tâmis Marques Mendes da Silva, de 24, noiva de Adriano. Alves deu versões conflitantes sobre a motivação. Para a polícia não estava claro se houve comparsas.