Brasil

Gaúcho comandava tráfico de dentro de cadeia no PR

28 nov 2012 às 11:39

A Polícia Federal (PF) deflagrou na manhã desta quarta-feira (28) a Operação Grumatã, para cumprir sete mandados de prisão preventiva e dez de busca e apreensão no Rio Grande do Sul, no Paraná e no Mato Grosso do Sul.

As investigações de uma quadrilha que, segundo a PF, distribuía centenas de quilos de cocaína para o Brasil, culminaram com a prisão de um traficante gaúcho conhecido como "Pingo". Extraditado do Paraguai há cerca de dois anos, ele comandava o tráfico direto da Colônia Penal Agrícola, em Piraquara, na Região Metropolitana de Curitiba (RMC), onde cumpria penas que somam mais de 40 anos de prisão, em regime semi-aberto.


Investigações - A Polícia Federal em Porto Alegre investigava a rede de narcotraficantes, que atua a partir da cidade de Aral Moreira (MS), na fronteira com o Paraguai, desde o início do ano. Em 08 de agosto, apreendeu 16 quilos de cocaína em uma abordagem em Santo Antônio da Patrulha.


Investigações levaram à identificação de que a droga teria sido enviada para o Rio Grande do Sul por "Pingo" e por seu filho, residente em Aral Moreira. A PF identificou então que pai e filho são proprietários de três fazendas na região da fronteira do Brasil com o Paraguai.


Segundo a corporação, a principal característica da cocaína distribuída pelos dois é o alto grau de pureza, muitas vezes identificado por uma cabeça de cavalo gravada em relevo diretamente na droga no momento da prensagem.


Por serem considerados pela PF como integrantes de uma das principais organizações introdutoras da cocaína no País, os dois líderes serão encaminhados à Penitenciária Federal de Segurança Máxima de Catanduvas, no Paraná.


Flagrantes - Entre janeiro e agosto de 2012, foram realizados cinco flagrantes no âmbito da Operação Grumatã, que resultaram na prisão de nove pessoas, apreensão de 108 quilos de cocaína, armas, veículos e mais de R$ 110 mil em dinheiro.

A Operação foi denominada Grumatã, um peixe difícil de ser fisgado, originário da região sul do Brasil. Foram apreendidos bens com com valor estimado em R$20 milhões, distribuídos em quatro fazendas, gado, imóveis e veículos de luxo.


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