A fumaça de incêndios florestais que afeta diferentes regiões do Brasil nas últimas semanas deve continuar a se propagar pela América do Sul. A situação fica ainda pior devido à seca que atinge o País.
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Nessa época do ano, de agosto a outubro, o fogo na amazônia, no pantanal e no cerrado e queimadas em países vizinhos geram fumaça suficiente para cobrir uma área da ordem de 5 milhões de quilômetros quadrados, segundo o Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais).
Essa cobertura ocupa cerca de 60% do território nacional, que se estende por 8,5 milhões de quilômetros quadrados. Mas segundo a pesquisadora Karla Longo, do Inpe, a área coberta por fumaça pode dobrar se forem considerados os países vizinhos e parte do oceano Atlântico.
A situação é considerada típica, mas ocorre em um momento de seca histórica no Brasil, que atinge ao menos 3.978 municípios, segundo boletim publicado pelo Cemaden (Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais) na última terça-feira (3), e 58% do território nacional.
O número que coincide com o da fumaça, mas é relacionado ao indicador de seca do órgão.
A fumaça tem causado transtornos à população de diversas regiões do Brasil, como municípios no sul do Amazonas e no entorno de Porto Velho (RO), incluindo a capital rondoniense.
Dados do Selva, site da Universidade do Estado do Amazonas e da Fundação Universitas de Estudos Amazônicos, indicavam, em três estações em Porto Velho, os níveis 205, 202,5 e 177,6 de material particulado fino (MP2.5), medido em microgramas por metro cúbico, por volta das 16h20 desta segunda (9). O nível é considerado péssimo, o pior da escala.
Já a cidade de São Paulo viu seus indicadores de qualidade chegarem ao topo da lista entre as grandes cidades do mundo na manhã desta segunda, segundo o site suíço IQAir, que reúne dados de estações operadas por governos, instituições de ensino e ONGs no mundo.