O aposentado Orlando Santos, de 59 anos, dono da cadelinha Titã, disse em depoimento à polícia que não enterrou seu animal. Segundo ele, o cãozinho costumava fazer buracos no quintal para amenizar a coceira da sarna.
Na semana passada, Santos disse que viu o animal deitado num buraco e cutucou o bichinho, que não se mexeu. E decidiu colocar folha de mandiocas e bananeira sobre ele, achando que estivesse morto.
Visivelmente debilitado e com a fala rouca, o aposentado, que sofre de câncer, diabetes e tuberculose, disse que jamais mataria o cão porque ele é seu único companheiro.
O delegado de Novo Horizonte Luiz Fernando Ribeiro, responsável pelo caso, disse acreditar na versão porque o aposentado, que foi ouvido em casa, não tem força física aparente para abrir um buraco no chão.
A polícia espera agora laudo da perícia para saber se o buraco foi feito pelo cão ou por uma pessoa antes de concluir o caso que apura crime ambiental de abuso contra animais.
Já a cadelinha continua em estado grave passando por tratamento numa clínica da cidade. Ela foi resgatada na última quarta-feira no quintal da casa de Santos depois de ficar enterrada viva por mais de 12 horas.