Pesquisar

Canais

Serviços

Publicidade
Publicidade
Publicidade
Lamentável

Água perdida no Brasil com vazamentos poderia abastecer 54 milhões de pessoas, diz estudo

Paulo Ricardo Martins - Folhapress
05 jun 2024 às 11:00

Compartilhar notícia

- Dragana_Gordic/Freepik
siga o Bonde no Google News!
Publicidade
Publicidade

O volume de água tratada que o Brasil perde anualmente com vazamentos na distribuição seria suficiente para abastecer cerca de 54 milhões de pessoas. É o que aponta um estudo feito pelo Instituto Trata Brasil com base em dados públicos disponibilizados no SNIS (Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento).

Cadastre-se em nossa newsletter

Publicidade
Publicidade


Leia mais:

Imagem de destaque
'A gente sabia que não era boa ideia'

Todos que participaram da delação correm risco, diz ex-advogado de empresário morto

Imagem de destaque
Mascotes

Caixa relança campanha histórica dos "Poupançudos" para reforçar crédito imobiliário

Imagem de destaque
Entenda

Por erro em divisa, Paraná pode perder território para Santa Catarina

Imagem de destaque
Texto oficial

Meta climática do Brasil cita pela 1ª vez redução no uso de combustíveis fósseis

Em 2022, foram mais de 3,6 bilhões de metros cúbicos de água potável jogados fora somente por esse tipo de desperdício (chamado de "perdas físicas" no jargão do setor).

Publicidade


Considerando outros problemas, como perdas comerciais, erros de medição e furtos de água, o valor é ainda maior. Foram 7 bilhões de metros cúbicos de água não faturada, o equivalente a quase 7.636 piscinas olímpicas desperdiçadas diariamente.


Segundo a entidade, no país, cerca de 37,8% da água foi perdida durante a distribuição em 2022 e não chegou às residências. O Trata Brasil afirma que o patamar está mais de 20 pontos percentuais acima da média registrada nos países desenvolvidos, de 15%.

Publicidade


Uma portaria do Ministério do Desenvolvimento Regional publicada em 2021 determinou que, para ter acesso a recursos públicos federais e a financiamentos com verba da União, os municípios precisam seguir metas relacionadas à perda de água na distribuição, conforme cronograma divulgado pela pasta à época.


Para Luana Pretto, presidente do Instituto Trata Brasil, o ideal é que o percentual de água desperdiçada durante o abastecimento gire em torno dos 25% ou menos. De acordo com o levantamento, somente 9 dos 100 municípios mais populosos do país conseguiram ficar abaixo desse índice em 2022.

Publicidade


Metade das cidades com padrão de excelência nesse quesito fica em São Paulo, sendo elas Limeira, Campinas, Suzano e São José do Rio Preto. Também estão na lista municípios como Maringá e Petrópolis. As únicas capitais com níveis considerados adequados pela entidade são Goiânia e Campo Grande.


Por outro lado, Rio de Janeiro, Recife, Cuiabá, Rio Branco, Macapá e Porto Velho são as capitais que aparecem com os piores índices entre as cidades mais populosas.

Publicidade


Segundo o Trata Brasil, 60% do problema está relacionado a perdas físicas.


"Com esse mesmo volume [3,6 bilhões de metros cúbicos], seria possível abastecer os 17,9 milhões de brasileiros que vivem em favelas por mais de três anos. Ao meio ambiente, a redução dessas perdas implicaria a disponibilidade de mais recurso hídrico para a população sem a necessidade de captação em novos mananciais", afirma o estudo.

Publicidade


Segundo Luana Pretto, é impossível diminuir as perdas a zero porque há limites técnicos e econômicos que impedem isso. No entanto, ela afirma que o patamar pode ser reduzido para atingir a meta fixada pelo governo. Para isso, será necessário investimento.


"A média de investimento no Brasil é de R$ 111 por habitante por ano. A gente deveria estar investindo R$ 231 por ano para habitante. Existe uma correlação direta entre investimento e acesso ao saneamento básico e redução de perdas. É pouco dinheiro que está sendo investido. Não existe um plano estruturado de redução e por outro lado ainda tem muita gente que ainda não tem acesso ao saneamento."


Pretto diz que, diante de catástrofes causadas por efeito das mudanças climáticas, o tema precisa ganhar mais atenção de autoridades.


"A gente não vai mais ter a vazão e o regime de chuvas que a gente teve no passado. Não podemos garantir que a vazão média de um rio vai ser a mesma vazão daqui a dez anos e, por conta disso, vamos precisar reduzir perdas para ter um volume maior de água no sistema de distribuição. A população vai continuar crescendo e vai consumir mais água."


Imagem
TSE abre inscrições para concurso com 389 vagas e salário de R$ 13,9 mil
O TSE (Tribunal Superior Eleitoral) está com inscrições abertas para o seu concurso nacional unificado. Ao todo, há 389 vagas –116 para cargos de analista judiciário e 273 para cargos de técnico judiciário– , além da formação de cadastro reserva com salár
Publicidade

Últimas notícias

Publicidade
LONDRINA Previsão do Tempo