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Polícia investiga

Diretor da Caixa é encontrado morto na sede do banco em Brasília

Thaísa Oliveira - Folhapress
20 jul 2022 às 15:35

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- Marcelo Camargo/Agência Brasil
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Um diretor da Caixa Econômica Federal foi encontrado morto nesta quarta-feira (20) na sede do banco, em Brasília. Sergio Ricardo Faustino Batista entrou na Caixa em 1989 e era diretor-executivo de Controles Internos e Integridade da instituição.


As causas da morte estão sendo investigadas pela PCDF (Polícia Civil do Distrito Federal), mas a apuração preliminar indica tratar-se de um caso de suicídio. O banco afirmou que está contribuindo com as autoridades e prestando apoio aos familiares e amigos do funcionário.

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"A Caixa manifesta profundo pesar pelo falecimento do empregado Sérgio Ricardo Faustino Batista. Nossos sinceros sentimentos aos amigos e familiares, aos quais estamos prestando total apoio e acolhimento. O banco contribui com as apurações para confirmar as causas do ocorrido", afirmou a empresa.

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Batista estava à frente da Diretoria de Controles Internos e Integridade desde março. A diretoria é responsável pelo canal de denúncias e é a primeira do banco a receber os relatos de assédio e outras irregularidades enviados a uma empresa externa contratada pela Caixa.

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Funcionário de carreira, ele também foi consultor da presidência na gestão do ex-presidente Pedro Guimarães -que deixou o cargo no dia 29 de junho depois de ter sido acusado por empregados da empresa de assédio sexual e moral.


Segundo a Polícia Civil, o caso foi preliminarmente tipificado como suicídio "em razão da vítima ter sido encontrada já sem vida no lado externo do prédio sede da Caixa Econômica Federal".

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A presidente do banco, Daniella Marques, enviou uma mensagem aos empregados em que afirma que Batista "era uma pessoa admirada e querida" e manifesta solidariedade à família e amigos.


"Recebi com tristeza o falecimento do nosso empregado Sérgio Ricardo Faustino Batista, diretor de Controles Internos e Integridade da Caixa. Gostaria de me solidarizar com sua família e amigos. Era uma pessoa admirada e querida", afirmou na mensagem interna.

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"De forma especial, expresso meus sentimentos aos empregados da vice-presidência de Riscos e, por meio deles, estender minha solidariedade às demais pessoas que trabalham na Caixa."


O episódio ocorre em meio às repercussões de uma série de denúncias contra o ex-comando da empresa. Desde que as acusações contra Guimarães vieram à tona, o MPT (Ministério Público do Trabalho) e o TCU (Tribunal de Contas da União) abriram procedimentos para investigar o que ocorria na Caixa.

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A acusação de assédio contra Pedro Guimarães também está sendo investigada pela Procuradoria da República no Distrito Federal. Em artigo publicado o jornal Folha de S.Paulo, o ex-presidente afirmou que é alvo de "um massacre insano e inquisitorial" e que vai "colecionar todas as provas possíveis para expor esta farsa".


A representante dos empregados no Conselho de Administração da Caixa, Maria Rita Serrano, afirmou em nota que "o caso exige investigação minuciosa pois, além de trágico, aconteceu no local de trabalho".

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"Como todos vocês, estou muito triste e perplexa por essa perda repentina. Meu abraço fraterno e solidário à família e amigos. O caso exige investigação minuciosa pois, além de trágico, aconteceu no local de trabalho."


Na terça-feira (19), o banco anunciou mudanças na corregedoria e afastou dois nomes ligados ao ex-presidente: Antonio Carlos Ferreira de Sousa, ex-vice-presidente de Logística e Operações, e Camila de Freitas Aichinger, ex-vice da Rede de Varejo.


A corregedoria deixará de ser subordinada à presidência e será ligada ao Conselho de Administração -formado também por membros independentes e um representante dos empregados.

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