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Dinheiro da turma

Aluna da USP vira ré por suspeita de estelionato após desvio de quase R$ 1 milhão da formatura

Isabella Menon - Folhapress
30 mar 2023 às 15:27
- iStock
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A aluna da USP Alicia Dudy Muller Veiga, 25, virou ré pelo crime de estelionato na terça-feira (28). A denúncia feita pelo Ministério Público de São Paulo foi recebida pelo Tribunal de Justiça de SP. O processo tramita em segredo de Justiça.


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No início deste ano, Alicia confessou ter desviado o dinheiro. Por isso, a Polícia Civil a indiciou por apropriação indébita. Porém a Promotoria avaliou que ela cometeu crime de estelionato e solicitou o retorno do inquérito para a autoridade policial para que fosse colhida a representação das vítimas a fim de discriminar "de forma individual o prejuízo suportado para cada uma delas".

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A diferença entre os dois crimes é o método. Na apropriação indébita, o criminoso já tem a posse ou acesso a algo que não é seu e passa a agir como se fosse o dono daquilo que não lhe pertence.

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O estelionato é praticado por meio de algum tipo de fraude, com a intenção de cometê-lo desde o início. Há também uma diferença de pena: a apropriação indébita prevê prisão por até quatro anos, e o estelionato, por até cinco.


Em meados de março, 76 alunos de medicina da USP entregaram representações criminais contra Alicia ao 16º Distrito Policial (Vila Clementino), na zona sul paulistana.

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Os desvios no fundo de formatura da turma de medicina se tornaram conhecidos em janeiro, quando a própria estudante escreveu em um grupo de WhatsApp que havia investido parte do dinheiro guardado para a festa em uma corretora, que lhe teria dado um golpe --versão que não se sustentou.


Em depoimento posterior à polícia, a aluna afirmou que investiu o valor, mas perdeu o dinheiro por falta de conhecimento em finanças. Com isso, passou a jogar na loteria para tentar recuperar o montante.

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A investigação apontou que Alicia utilizou parte do dinheiro para cobrir despesas pessoais. Ela recebeu nove transferências do fundo de formatura para contas próprias de novembro de 2021 até dezembro de 2022.


Os repasses foram feitos pela empresa às formaturas para três contas pessoais de Alicia, a pedido da estudante, que era presidente da comissão de formatura.

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Cada transferência pode ser considerada um crime cuja pena máxima é de quatro anos de reclusão. Assim, ela poderia pegar uma pena de até 36 anos.

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Após investigação do Procon, a empresa organizadora da festa disse ao órgão que se comprometia em absorver o prejuízo de R$ 920 mil dos estudantes de medicina da USP e realizar o evento sem custo extra para os formandos.


Além de apropriação indébita, Alicia é investigada por suspeita de estelionato e lavagem de dinheiro pela polícia de São Bernardo do Campo (Grande São Paulo). Essa investigação teve início após ela tentar apostar, sem pagar, um total de R$ 891 mil em bilhetes da Lotofácil.


Até a publicação desta reportagem, a defesa dela não comentou.

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