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Controle da doença

Biofábrica de Aedes aegypti que não transmite dengue é inaugurada em Londrina

Pedro Marconi - Grupo Folha de Londrina
30 jul 2024 às 14:05

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- iStock
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Foi oficialmente inaugurada nesta terça-feira (30) a biofábrica do Método Wolbachia em Londrina, que promete ajudar no combate a transmissão da dengue na cidade. A estrutura para o desenvolvimento da tecnologia fica em três grandes salas no prédio do Laboratório de Análise Farmacêutica da UEL (Universidade Estadual de Londrina), na zona oeste. O espaço foi cedido pela instituição. Durante a cerimônia foram liberados alguns mosquitos Aedes aegypti.


“O objetivo do Método Wolbachia é trocar a população (de mosquitos) que transmite a dengue, zika e chikungunya por uma população refratária a esses vírus, ou seja, por mosquitos que não vão ser capazes de transmitir essas doenças por conta da bactéria Wolbachia. É uma bactéria que vive dentro da célula do Aedes aegypti e ela impede que os vírus entrem na célula e se repliquem”, detalhou Diogo Chalegre, líder de Relações Institucionais e Governamentais do Instituto WMP (World Mosquito Program).

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A implementação da estratégia no município conta com a parceria do Ministério da Saúde, Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz), prefeitura e instituto. O Governo Federal repassou cerca de R$ 5 milhões, sendo R$ 1,8 milhão foi utilizado apenas para a compra de equipamentos. Serão 20 funcionários. A partir do segundo semestre de agosto serão soltos cerca de três milhões de mosquitos semanalmente, até completar o período de 20 semanas, o que dá aproximadamente 60 milhões de insetos no total.

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A cobertura será de 60% do território londrinense. “(A escolha dos bairros) se deu por meio de um estudo técnico da nossa equipe de endemias, junto com a equipe técnica da Fiocruz e do Ministério da Saúde. Elencamos as regiões prioritárias. Neste sentido todas as regiões da cidade, exceto a zona rural, serão contemplados com essa metodologia, alcançando mais de 300 mil habitantes”, explicou o secretário municipal de Saúde, Felippe Machado.

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O representante da WMP frisou que os mosquitos não são geneticamente modificados e que não oferecem riscos à população. “Além da fêmea continuar colocando os ovos, o mosquito é igual ao mosquito de Londrina. Coletamos ovos da cidade, levamos para o Rio de Janeiro, cruzamos com os nossos mosquitos lá no Rio e hoje temos uma colônia aqui. Toda a fêmea, quando coloca o ovo que tem a Wolbachia, vai passar para os descendentes”, pontuou Chalegre.


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