A literatura tem um grande aliado, o desenho. Livros infantis, por exemplo, precisam de imagens para cativar os pequenos leitores. O desenho valoriza o texto.
Hoje lembraremos um pouco da trajetória de Watson Portelle. El é desenhista, jornalista, poeta, roteirista, contista.
Esse mestre na Arte do desenho nasceu em Camaragibe, Pernambuco, a 18 de outubro de 1950. Filho de Petrônio Portela e de Suzete Portela Costa. Mestres como Yves Chaland, Mike Allred, Mézière, e Andre Blank-Dumontt, serviram de referência na definição do traço do artista. Como toda criança, começou a desenhar aos oito anos de idade, não parando mais. Foi o único desenhista brasileiro a desenhar a capa do Tex. Desenhista autor criou o único herói brasileiro Super-Gay, uma sátira bem-humorada com os heróis da Marvel e DC publicado numa edição especial no ano de 1982, com 68 páginas pela editora Grafipar.
No ano de 1986, recebeu o prêmio Ângelo Agostini – Mestre em Quadrinhos. Em 1988, recebeu o prêmio – Abril de jornalismo – melhor desenho. No ano de 1988 recebeu o prêmio Dona Beija – prêmio Abril de jornalismo, melhor desenho. 2009 recebe o prêmio Ângelo Agostini – 2015 (recebe a homenagem como Grande Mestre dos quadrinhos). Troféu HQMIX Criado em 1988, pela dupla Jal e Gualberto Costa, no programa TV MIX da TV Gazeta, o Troféu HQMIX foi apadrinhado pelo então apresentador do programa, Serginho Groisman. A votação nacional é feita pela categoria dos desenhistas de hqs e humor gráfico por meio da Associação dos Cartunistas do Brasil (ACB) e do Instituto Memorial das Artes Gráficas do Brasil (IMAG).
Mestre na arte dos quadrinhos assinava também como "Barroso" e "Helga". É um dos grandes desenhistas nacionais Possui um trabalho consistente. Quando jovem Watson era fã dos quadrinhos de C. C. Beck, artista americano da escola "linha clara" que acabou, afinal, influenciando seu traço.
Foi um dos primeiros a se destacar no cenário quadrinístico da década de 80. Seus trabalhos mais conhecidos do grande público é o álbum "Paralelas" e "Vôo Livre". Watson iniciou seus trabalho em fanzine e mais tarde teve sua arte publicada em diversas editoras como RGE, Vechi, Graphipar, Maciota (depois, Press Editorial), Abril, Porrada, Vidente e Ópera Graphica.
Sua primeira obra profissional foi uma hq histórica para a Ebal de Adolfo Aizen, que jamais foi publicada. Em 1975, participou da caça de talentos promovida pelo "Gibi Semanal", da RGE (1). "Em 1976, o editor dos gibis da Vecchi, pediu para ele dar um pulinho no Rio de Janeiro, pois queria conhece- lo. O Lotário Vecchi, também era fã dos trabalhos dele: – "Mudei para o Rio de Janeiro ainda em 1976 e comecei a trabalhar para a Vecchi. Fazia terror. – "Lembro que foi antes de completar 26 anos, em outubro". Em 1979, publicou em "Spektro", da Vecchi. Então não parou mais. Fez terror, western, erotismo, humor e super-heróis para Grafipar de Curitiba (para onde se mudou no ano de 1980). Dono de traço ímpar, seus desenhos fizeram a cabeça de toda uma geração.