Um texto da professora, poeta e cronista Divani Medeiros, que descreve as praças que frequentavam os jovens nos anos 70:
Currais Novos....
Cidade linda, de muitos saberes e ditos populares.
Quem nunca ouviu falar nas praças dos ricos e pobres?
Pelo poder aquisitivo que tinha na década de setenta, se tornou nobre.
Os jovens da época sempre que iam a missa gostavam de ir à praça
E nela os amigos encontrar
A diferença está na tradição, rico ou pobre não importa a situação
O importante é entender o que a população tem a dizer
A praça Cristo Rei, denominada Praça dos pobres, próxima da igreja Matriz de Santana ficava cheia de pessoas, que se sentiam felizes.
A praça Desembargador Tomaz Salustino, nome do grande empreendedor curraisnovense, que na época foi considerado um dos homens mais ricos do mundo, na mentalidade das pessoas, só podia sentar nela quem tivesse posses.
O tempo foi passando, as coisas foram mudando, mas a tradição continua no imaginário dos moradores que residem no sítio e na rua.
E praça dos ricos e pobres até hoje continua.
Divani Medeiros
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Beco da troca em Currais Novos
Um comércio à céu aberto
Que troca e vende objetos
Sempre cheio de novidades
Para todas as idades
O Beco da Troca, é sempre alegria
As pessoas chegam ao raiar do dia
Diversos produtos, trocados ou vendidos
Velhos ou novos recebem prestígio
Até animais tem para comercializar
O que necessitar, tem para ofertar
O negócio é no grito vem trocar ou comprar?
Isso contribui para o povo se aproximar
O acesso é livre às comunidades
De Currais Novos ou outras cidades
É uma diversidade de utensílios
Que se encontra para domicílio
O Beco da troca em Currais Novos
Tem tradição, história e resistência
Sobreviveu ao tempo e várias gerações
Preservar sua memória oral e escrita
Serve de legado, merece ser estudado
Divani Medeiros