Domingo, 11 horas, no Museu de Arte Sacra de Curitiba, no Largo da Ordem, será a abertura da exposição: "Moradas do Brasil" - uma criação do artista plástico Sandoval Tibúrcio.
Sandoval Tibúrcio é escritor, além de artista plástico, autor do romance "Magnitude" e ele já está preparando o seu segundo romance.
Sandoval é uma pessoa atenta aos detalhes. Ele observou e compreendeu as diversas faces de Curitiba, captou das ruas o desejo de pertencimento, de reconhecimento, do grito preso na garganta de sua população.
Desta observação surgiu este trabalho artístico, que propõe retratar as linhas da psique, através de suas casas coloridas ou contornadas, rompendo os limites da percepção do espectador. Levando-o ao encontro dos seus EUS: o EU essencial; o EU familiar; o EU social; o EU urbano; o EU rural; o EU colaborativo; o EU corporativo; o EU coletivo. O indivíduo está mergulhado em sua busca egocêntrica onde é o caos constante na dor e no prazer de viver.
As cores e as formas encontradas e desencontradas neste trabalho nos provocam reflexões e considerações sobre as muitas moradas, abandonadas e esquecidas ao longo de nossas caminhadas.
Sua arte sugere extrair opiniões, sensações, aguçar sentimentos e pensamentos, através da imagem que busca inserir o SER humano ao mundo das cores, suprindo o vácuo deixado pela ambição desenfreada e inconsequente que provocam as inquietudes da alma.
Ao longo dos séculos, a arte em suas muitas formas vem cumprindo seu papel político e social, atuando em diferentes áreas, tentando mudar os preceitos, os conceitos e os preconceitos de gerações emergidas em seus abismos intelectuais, muitas vezes superficiais e medíocres.
Na criação a arte e o criador se fundem até o momento em que como uma célula no processo da "meiose", onde se dividem em caminhos independentes, cumprem suas funções: a arte exercendo seu poder transformador, o artista o labor, porém ligados por uma essência vital, a prática do belo.