Em novembro passado, última vez em que visitei o Santo Sepulcro, fui surpreendida pela quantidade, acima do normal, de peregrinos. Como estávamos em período de baixa temporada, a viagem tinha tudo para ser das mais tranquilas no sentido de não encontrarmos filas durante as visitas. Porém, sabemos que o desejo de Deus é algo que não temos controle, e que há sempre um propósito por traz de tudo.
Mesmo que brevemente, conseguimos contemplar o Santo Sepulcro. Nesses momentos, a experiência que adquiri na Terra Santa faz toda a diferença. Hoje, porém, o foco do meu relato traz um olhar diferente sobre o que nossos irmãos cristãos estão passando por lá.
A notícia do fechamento das portas do Santo Sepulcro recentemente, preocupou-me muito. Então farei um resumo para que saibam o que um dos locais mais sagrados da Terra Santa está enfrentando para permanecer com suas portas abertas.
Essa atitude se deu como uma forma de protesto e resposta à campanha anticristã do município de Jerusalém, que emitiu notas de cobrança de impostos para propriedades da igreja consideradas "comerciais" e não sagradas por gerarem renda de alguma forma.
Segundo o comunicado oficial emitido por líderes das igrejas católica, grego-ortodoxa e armênia "tal medida é contrária à histórica posição das Igrejas e suas relações com as autoridades civis na cidade santa. São ações que infringem os acordos existentes e obrigações internacionais e, aparentemente, são uma tentativa de enfraquecer a presença cristã em Jerusalém".
Todos os anos, na Sexta-Feira Santa, a partir de uma ação do Vaticano, o ofertório de todas as igrejas católicas no mundo é revertido para a Terra Santa. Essa iniciativa, juntamente a nossa oração pela Terra Sagrada, é uma forma de contribuir para que o nosso encontro literal com o Sagrado seja preservado.