Três mulheres que processaram a cervejaria Devassa por conta de uma propaganda supostamente discriminatória perderam a ação na Justiça. As capixabas se queixavam que a propaganda ilustra uma mulher negra como objeto sexual, desrespeitando, assim, toda a população afrodescendente.
O advogado da distribuidora da cerveja Devassa no Espírito Santo afirmou que as campanhas publicitárias realizadas pela cerveja já haviam trabalhado com mulheres loiras, morenas e ruivas. Declarou, também, que essas campanhas "buscam objetivar aos consumidores o ambiente de lazer que a bebida tem".
A princípio, elas pleitearam uma indenização de R$ 60 mil reais para cada, mas a Justiça reconheceu que não houve discriminação, pelo que a ação foi julgada improcedente. Dessa forma, as capixabas foram condenadas a pagar R$ 2 mil reais de custas e despesas processuais, além dos honorários de sucumbência para os advogados da parte adversa.
Na sentença, o juiz Carlos Alexandre Gutmann afirmou que "é notório que no Brasil as propagandas de cerveja são conhecidas pela sua originalidade e criatividade, ainda que possam ser consideradas jocosas. No caso em análise não se percebe nenhuma mácula na imagem da mulher negra. Pelo contrário, a propaganda realmente é irreverente e a ideia é causar um impacto com humor, com o objetivo, certamente, de provocar comentário, chamar a atenção do consumidor. Se alguma conclusão pode ser tirada a respeito, é exatamente o elogio ao corpo da mulher". As informações são do jornal Gazeta Online.
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