Nem só de super-heróis vive o universo Marvel nos cinemas. Depois de pouco mais de 40 filmes, incluindo os do próprio estúdio, junto com os da Fox e os da Sony, chegou a vez do filme solo de Venom, que nos quadrinhos é um vilão. No filme, ele se transformou em um anti-herói. Dirigido por Ruben Fleischer e estrelado por Tom Hardy no papel do repórter Eddie Brock, o hospedeiro do simbionte alienígena que coabita seu corpo. Nos quadrinhos, Venom apareceu pela primeira vez em maio de 1984, na revista do Homem-Aranha, na forma do uniforme negro do aracnídeo. Criado por Randy Schueller, David Michelinie, Mike Zeck e Todd McFarlane, foi somente em abril de 1988 que ele assumiu a forma que conhecemos hoje. No cinema, ele apareceu em Homem-Aranha 3, dirigido por Sam Raimi, em 2007. O roteiro, escrito por Scott Rosenberg, Jeff Pinkner, Kelly Marcel e Will Beall, nos conta uma história de origem e começa até bem. O filme gasta preciosos minutos construindo as personagens e contextualizando as situações. Pena que isso não se mantenha até o fim. Há muita ação, é verdade, no entanto, ela é "genérica", sem identidade e com uso excessivo de CGI (imagens geradas por computador). Mas, há coisas positivas, poucas, é verdade, em Venom. As primeiras críticas apontavam, apressadamente, que se tratava de um novo Mulher-Gato, aquele filme tosco de 2004, estrelado por Halle Berry. Não é o caso. Longe disso. Problemas existem. No entanto, são compensados pelo humor e pelas presenças de Tom Hardy e Michelle Williams, que funcionam muito bem juntos. Em tempo: como é comum nos filmes da Marvel, há duas cenas pós-créditos.
VENOM (Venom – EUA 2018). Direção: Ruben Fleischer. Elenco: Tom Hardy, Michelle Williams, Riz Ahmed, Jenny Slate, Reid Scott e Michelle Lee. Duração: 112 minutos. Distribuição: Sony.