O cineasta canadense Norman Jewison já era um diretor veterano e bastante versátil quando dirigiu Um Violinista no Telhado, seu primeiro musical. A única experiência que ele tinha com o gênero era de ter feito alguns especiais para TV. O roteiro, escrito por Joseph Stein, se baseia no sucesso da Broadway de sua autoria, que por sua vez é uma adaptação de histórias criadas por Sholom Aleichem e Arnold Perl. Tudo se passa em uma pequena aldeia russa de Anatevka, no início do século XX, no período anterior à revolução. Judeus e cristãos vivem em paz, cada um em seu canto, sem se misturar. Tevye (Topol) vive com sua família e sabe ter chegado a hora de casar suas filhas. De acordo com a tradição judaica, o casamento será arranjado pelo pai. E isso não agrada às filhas. Paralelo a essa questão familiar, Tevye, ou melhor dizendo, os judeus do país passam a sofrer forte pressão do governo. É nessa linha tênue que o diretor conduz sua narrativa. Um misto preciso de alegria e tristeza. Jewison foi convidado para o projeto porque os produtores achavam que ele, por conta do sobrenome, fosse judeu. Mesmo não sendo, ele aceitou o convite e nos brinda com esta bela obra que, em sua essência, é uma grande celebração à vida. E a trilha sonora adaptada por John Williams, bem como o som e a fotografia foram premiados com o Oscar de suas respectivas categorias. Em tempo: o título do filme é uma metáfora explicada já no primeiro diálogo do filme.
UM VIOLINISTA NO TELHADO (Fiddler on the Roof - EUA 1971). Direção: Norman Jewison. Elenco: Topol, Norma Crane, Leonard Frey, Rosalind Harris, Molly Picon, Michele Marsh e Paul Michael Glaser. Duração: 181 minutos. Distribuição: Fox.