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TRÊS DIAS DE AMOR

08 jun 2019 às 23:44

A carreira do cineasta francês René Clément foi construída entre três grandes movimentos cinematográficos. Começou em meados dos anos 1930 com forte influência do Realismo Poético Francês. Passou pelo Neorrealismo Italiano dos anos 1940 e se consolidou nos primórdios da Nouvelle Vague. Depois de dirigir alguns curtas, Clément passou a realizar longas que misturavam elementos do realismo poético com o neorrealismo. Dentre seus primeiros trabalhos de longa duração, se destaca Três Dias de Amor, produção ítalo-francesa de 1949 e que foi premiada com um Oscar honorário de melhor filme estrangeiro, em 1951. Com roteiro de Cesare Zavattini, Suso Cecchi D’Amico e Alfredo Guarini, escrito a partir de uma adaptação de Jean Aurenche e Pierre Bost, nos apresenta Pierre (Jean Gabin). Ele foge da polícia após ter matado a amante e termina chegando na região portuário de Gênova, na Itália. Lá conhece Marta (Isa Miranda), que se apaixona por ele e, por conta disso, decide ajudá-lo. Há, no entanto, algumas surpresas reservadas pelo destino na vida de Pierre. É visível uma divisão narrativa em Três Dias de Amor. Quase como se fossem dois filmes em um. Quem sabe talvez esteja aí mesmo, nessa aparente divisão, a grande força da obra.

TRÊS DIAS DE AMOR (Le Mura di Malapaga – Itália/França 1949). Direção: René Clément. Elenco: Jean Gabin, Isa Miranda, Andrea Checchi, Robert Dalban e Vittorio Duse. Duração: 104 minutos. Distribuição: Amazon Digital.


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