A Disney já havia transformado um de seus parques temáticos, o Piratas do Caribe, em filme. Como foi uma experiência bem sucedida, nada mais natural do que fazer um filme de um outro parque temático, no caso, o Tomorrowland, ou, em bom português, A Terra do Amanhã. Quando este parque foi criado, na Disneyworld da Flórida, o objetivo de seu criador, Walt Disney, era tê-lo como uma espécie de janela para o futuro. Um lugar onde a humanidade pudesse sonhar com dias melhores. Um lugar onde o conhecimento e o bem-estar de todos fossem a moeda principal. O diretor Brad Bird, que escreveu o roteiro junto com Damon Lindelof, respeitaram esta premissa e Tomorrowland: Um Lugar Onde Nada é Impossível é um filme dos mais otimistas. Tudo gira em torno de Casey Newton (Britt Robertson), uma jovem apaixonada por ciência. Certo dia ela encontra um broche que a transporta para o mundo paralelo que dá título ao filme. Lá, tudo é perfeito. Porém, algo parece fora da ordem. Com a ajuda da misteriosa Athena (Raffey Cassidy) e do recluso Frank Walker (George Clooney), Casey talvez consiga por as coisas no seu devido lugar. Em um mundo cada vez mais cético e acostumado com histórias distópicas, uma obra "prá cima" como Tomorrowland não teve a atenção que merecia. Talvez por conta de um cinismo generalizado, tramas otimistas e cheias de esperança não costumam emplacar. Uma pena. Pois, historicamente, são histórias assim que nos inspiram a seguir em frente. Apesar dos contratempos.
TOMORROWLAND: UM LUGAR ONDE NADA É IMPOSSÍVEL (Tomorrowland - EUA 2015). Direção: Brad Bird. Elenco: George Clooney, Hugh Laurie, Britt Robertson, Tim McGraw, Kathryn Hahn e Raffey Cassidy. Duração: 130 minutos. Distribuição: Buena Vista.