A série de TV 24 Horas, estrelada por Kiefer Sutherland, tornou popular histórias que se passam na tela em tempo real. No cinema, Alfred Hitchcock brincou com isso em Festim Diabólico, de 1949, assim como Fred Zinnemann, no clássico do faroeste Matar ou Morrer, de 1952. E o diretor John Badham, em 1995, fez uso desse mesmo recurso em Tempo Esgotado. O roteiro de Patrick Sheane Duncan tem início às 12h07 e se estende até pouco depois das 13h30. A ação acontece em Los Angeles, onde Gene Watson (Johnny Depp) tem sua filha sequestrada e ele recebe uma foto e uma arma. Ele terá que matar a pessoa da foto, no caso, a governadora da Califórnia (Marsha Mason), até a hora marcada, senão sua filha será morta. Tramas como esta costumam ser tensas. Afinal, literalmente se está correndo contra o tempo. E a tensão aumenta por conta de relógios que são mostrados em cena para deixar claro para nós, espectadores, que os minutos estão passando. Badham imprime o ritmo necessário e nos envolve no drama do pai desesperado em salvar sua filha. Da mesma forma que os exemplos que citei no início da resenha, Tempo Esgotado é aquele tipo de filme que faz roer as unhas da primeira à última cena.
TEMPO ESGOTADO (Nick of Time – EUA 1995). Direção: John Badham. Elenco: Johnny Depp, Christopher Walken, Courtney Chase, Charles S. Dutton, Roma Maffia, Marsha Mason, Peter Strauss, Gloria Reuben e Bill Smitrovich. Duração: 90 minutos. Distribuição: Paramount.