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PORGY E BESS

04 ago 2019 às 21:42

O plano de Otto Preminger de estudar Direito e seguir os passos de seu pai foram por água abaixo quando ele se apaixonou pelo teatro e decidiu se tornar um diretor. Daí para o cinema foi um pulo e desde que mudou-se para os Estados Unidos, este romeno de nascimento se revelou um cineasta bem versátil. Para provar essa habilidade em passear por diferentes gêneros, é só conferir Porgy e Bess, drama romântico-musical que ele dirigiu em 1959. Originalmente um espetáculo da Broadway escrito por Dorothy e DuBose Heyward, a partir de uma ópera composta por George Gershwin, o roteiro foi adaptado por N. Richard Nash e quase virou um filme no início dos anos 1940. Não deu certo. Isso veio a ocorrer somente em 1959 quando Preminger pegou a direção após a recusa de Frank Capra, Elia Kazan e King Vidor. A ação se passa em 1912, numa vila de pescadores negros, no Estado da Carolina do Sul. É lá que Bess (Dorothy Dandridge) quer se livrar de seu amante, Crown (Brock Peters) e pede abrigo ao aleijado Porgy (Sidney Poitier), que é apaixonado por ela. Mas as coisas não são fáceis para Bess e muito menos para Porgy. Principalmente, após a entrada em cena do traficante Sporting (Sammy Davis Jr.) e da volta de Crown. As filmagens foram problemáticas e terminaram com o afastamento de Preminger da direção. Rouben Mamoulian, que havia dirigido a peça no teatro, o substituiu, porém, sem ser creditado. No final, apesar do talentoso elenco, da luxuosa produção e do Oscar de melhor trilha sonora adaptada conquistado, o filme fracassou nas bilheterias.

PORGY E BESS (Porgy and Bess – EUA 1959). Direção: Otto Preminger. Elenco: Sidney Poitier, Dorothy Dandridge, Sammy Davis Jr., Pearl Bailey, Brock Peters, Diahann Carroll e Claude Akins. Duração: 138 minutos. Distribuição: Columbia.


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