O dramaturgo irlandês George Bernard Shaw escreveu Pigmalião, sua peça mais popular, em 1913. Somente 25 anos depois ela foi adaptada para o cinema com roteiro vencedor do Oscar da categoria, escrito pelo próprio Shaw, junto com Ian Dalrymple, Cecil Lewis e W.P. Lipscomb. A história gira em torno de Henry Higgins, vivido pelo ator Leslie Howard, que divide a direção do filme com Anthony Asquith. Ele é um professor de fonética que com a ajuda do coronel Pickering (Scott Sunderland), seu amigo, decidem transformar a florista Eliza Doolittle (Wendy Hiller), uma mulher sem cultura e educação em uma grande dama. O tom é de comédia, no entanto, é visível o romance que se estabelece entre o mestre e sua aluna. Porém, sem cair nas armadilhas comuns em tramas românticas. A química do casal central é perfeita e o elenco de apoio não fica longe, sem contar o excelente roteiro e a direção precisa. Com essa combinação, o resultado só poderia ser uma obra envolvente e encantadora. Em tempo: no ano de 1956 a peça original foi transformada em um musical de sucesso da Broadway, Minha Bela Dama (My Fair Lady), que por sua vez também virou filme, em 1964.
PIGMALIÃO (Pygmalion – EUA 1938). Direção: Anthony Asquith e Leslie Howard. Elenco: Leslie Howard, Wendy Hiller, Wilfrid Lawson, Marie Lohr, Scott Sunderland e Jean Cadell. Duração: 96 minutos. Distribuição: MGM.