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PIAF: UM HINO AO AMOR

28 mar 2018 às 07:15

A francesa Marion Cotillard começou sua carreira em 1982, aos sete anos, quando participou de um curta-metragem para televisão. O trabalho como atriz profissional teve início 11 anos depois, também na TV, onde permaneceu até 2001, misturando atuações em seriados, telefilmes, curtas e alguns trabalhos para cinema. Pouco conhecida fora de seu país, foi somente a partir de 2006, ano em que contracenou com Russell Crowe em Um Bom Ano, de Ridley Scott, que Cotillard chamou a atenção do mundo. Mas isso assumiu uma escala bem maior no ano seguinte, quando ela ganhou praticamente todos os prêmios de atuação feminina, inclusive o Oscar de melhor atriz, por sua interpretação de Édith Piaf em Piaf: Um Hino ao Amor. Dirigido por Olivier Dahan, autor também do roteiro, junto com Isabelle Sobelman, o filme é uma cinebiografia que segue aquela cartilha conhecida que procura "abraçar" toda a vida do cinebiografado. Esse tipo de abordagem é sempre perigoso, uma vez que a vida de alguém é grande demais para comportar em um filme. Não é diferente aqui. O ideal é fazer um recorte de um período que seja representativo da pessoa retratada. Mas isso é assunto para uma outra discussão. Voltando à obra de Dahan, não é exagero dizer que o desempenho de Cotillard justifica a conferida. O diretor nos apresenta uma narrativa acadêmica, convencional e brilha apenas no momento da primeira apresentação importante da cantora, onde tira todo o som e deixa a cena seguir apenas com a expressão corporal de Piaf, famosa por sua teatralidade. O filme ganhou também outro Oscar merecidíssimo: o de melhor maquiagem.

PIAF - UM HINO AO AMOR (La Môme - França 2007). Direção: Olivier Dahan. Elenco: Marion Cotillard, Jean-Pierre Martins, Gérard Depardieu, Clotilde Courau, Jean-Paul Rouve, Sylvie Testud, Pascal Greggory e Emmanuelle Seigner. Duração: 140 minutos. Distribuição: Europa Filmes.


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